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Crítica - Os papéis de Aspern: Vale por Vanessa

** - Regular

Divulgação -
Vanessa Redgrave é uma guardiã do passado
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Um drama psicológico, baseado na obra clássica de Henry James, “Os papéis de Aspern”, de Julien Landais, cria uma atmosfera de suspense em torno da história do editor Morton Vint (Jonathan Rhys Meyers) obcecado em conseguir as cartas do poeta Jeffrey Aspern. Nas correspondências do passado, Aspern que escreveu a Juliana, sua amante, há detalhes de sua obra e revelações sobre um triângulo romântico envolvendo outro poeta.

O editor viaja a Veneza e conhece a Sra. Bordereau (Vanessa Redgrave) e sua sobrinha Miss Tina (Joely Richardson), que vivem em uma decadente mansão. Morton assume uma falsa identidade e aluga um quarto no imóvel. O visitante se aproxima de Tina e tenta conquistar sua confiança para chegar às cartas guardadas pela misteriosa tia.

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Vanessa Redgrave é uma guardiã do passado (Foto: Divulgação)

Entre flashes sobre os acontecimentos da vida de Aspern e a busca por essas memórias, o jogo de diálogos incompletos cai na superficialidade. A falta de um propósito mais instigante, principalmente por parte das moradoras da mansão, e a narrativa picotada do passado de Aspern, prejudicam o desenvolvimento do filme.

Vale por Vanessa Redgrave, que interpretou Miss Tina nos palcos, na adaptação do pai dela Michael Redgrave, e agora volta intensa na construção da Sra. Bordereau, guardiã feroz das cartas. A filha de Vanessa, Joely Richardson é correta como a sobrinha Tina. Já Rhys Meyers está fora do tom no papel de Morton.

Apesar do encanto de Veneza, que favorece a fotografia, a adaptação carece de um roteiro com mais habilidade para conectar os personagens com o passado submerso da trama clássica.

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crítica | vanessa