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Crítica - 'O último dos grandes playboys'

*** (bom)

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O cantor inglês Morrissey, tem uma música chamada ‘The last of the famous international playboys’. Ela bem poderia homenagear, de certa forma, Jorginho Guinle (1916-2004), que partiu desta, para outra muito melhor (segundo ele, ateu, o Céu, é uma suíte do Copacabana Palace), em grande estilo: no Copa, bebendo champagne e ouvindo jazz. 

E, a trajetória desta ‘figuraça’, que se gabava de nunca ter trabalhado na vida (!), é contada de jeito muito leve em ‘Jorginho Guinle: $ó se vive uma vez’, de Otavio Escobar. A cinebiografia, mistura de forma bastante criativa, fotos e cenas de época, depoimentos e cenas recriadas por atores (e bons e discretos efeitos especiais), enquanto mostra o bon-vivant, que andou com algumas das mais cobiçadas estrelas de Hollywood em sua época, como Kim Novak e Rita Hayworth; e, de quebra, teve uma intensa noite de amor com Marilyn Monroe, antes que esta ficasse famosa. 

Mas, qual era o segredo? Bem, além de ter muito dinheiro, Jorginho era divertido e inteligente, sabia como agradar as mulheres. E, viveu numa época em que o Rio, o Brasil e o mundo, eram lugares muito diferentes de hoje (dá saudade até em quem não viveu aquilo). Morreu na pindaíba. Mas, não desperdiçou um só dia da vida. Só o dinheiro da família. Não foi o único parente a fazê-lo, diga-se.