ASSINE
search button

Inéditos de Tarantino, Almodóvar e Greta Gerwig são apostas para o Festival de Cannes

Brasileiros como Kleber Mendonça Filho e Karim Aïnouz também são cotados para o evento

Divulgação -
Taron Egerton vive Elton John em Rocketman, um novo Bohemian Rhapsody a caminho
Compartilhar

Uma série de medalhões do cinema autoral integram a lista de especulações divulgada esta semana pela revista “Screen Daily” numa prospecção do que possa integrar a 72ª edição do Festival de Cannes (de 14 a 25 de maio). Desde que a Berlinale acabou, em 17 de fevereiro, começou uma especulação sobre quem vai concorrer no mais prestigiado dos grandes festivais de cinema do mundo. Este ano, estima-se que a abertura será com “Rocketman”, a esperada cinebiografia de Elton John, com Taron Egerton no papel do cantor – mas nada foi oficialmente confirmado. Sabe-se apenas que o júri da Palma de Ouro vai ser presidido pelo mexicano Alejando González Iñárritu, diretor oscarizado por “Birdman” (2014) e “O regresso” (2015). Diante de toda a boataria que hoje aquece a indústria cinematográfica acerca do evento, o Jornal do Brasil compilou uma lista de potenciais candidatos aos prêmios do balneário francês.

Macaque in the trees
Taron Egerton vive Elton John em Rocketman, um novo Bohemian Rhapsody a caminho (Foto: Divulgação)

Confira:

“Once upon a time in Hollywood”: Com um elenco de matar estúdios rivais de inveja, filmando com Al Pacino, Margot Robbie, Bruce Dern, Brad Pitt e Leonardo DiCaprio, Quentin Tarantino dá uma pausa nos faroestes, após "Os oito odiados" (2015) e "Django livre" (2012), para recriar o cinema americano no fim dos anos 1960, a partir do assassinato da modelo e atriz Sharon Tate;

“Radioatividade”: A quadrinista e animadora Marjane Satrapi (“Persépolis”) recria a história de amor entre os cientistas Marie e Pierre Curie (com Rosamund Pike e Sam Rilley) para fazer uma reflexão sobre os abusos do progresso tecnológico;

“Little Women”: Dois anos depois do sucesso “Lady Bird”, a atriz Greta Gerwig volta à direção de longas adaptando o clássico homônimo da literatura americana sobre a rotina de quatro irmãs (vividas por Florence Pugh, Saoirse Ronan, Emma Watson e Laura Dern) em meio à Guerra Civil dos EUA;

“The dead don’t die”: Jim Jarmusch aposta no filão “filme de zumbi” levando sua estética indie e existencialista para um levante de mortos-vivos, tendo Bill Murray, Adam Driver e Tilda Swinton às voltas com seres do Além;

“El cuento de las comadrejas”: Dez anos depois do sucesso de “O segredo dos seus olhos”, o diretor argentino Juan José Campanella quer tentar a sorte em Cannes com a história de uma veterana atriz (Graciela Borges), há tempos sumida das telas, decide vender um casarão onde vive com seu marido, seu médico particular e seu contador. A venda gera nesses homens, que dependem dela para viver, uma insegurança que será convertida em planos estapafúrdios para matar a veterana estrela;

“Ad astra”: Estima-se que o único filme com mais chances de abrir Cannes do que a biopic de Elton John é este épico espacial de James Gray, no qual Brad Pitt se embrenha entre as estrelas para salvar uma tripulação em perigo. O produtor brasileiro Rodrigo Teixeira (de “Alemão” e “Tim Maia”) está no projeto;

“Dolor y glória”: Pedro Almodóvar já disse várias vezes que cada filme é seu é um pedaço de sua biografia. Em seu novo trabalho, que estreia em março na Espanha, ele parece ter ido mais fundo em si mesmo, ao narrar a saga de um cineasta (Antonio Banderas) que revê seu passado na relação com a mãe (Penélope Cruz);

“Dominó”: Depois de muitos conflitos de produção com investidores que lhe deram calote, o artesão do suspense Brian De Palma (“Vestida para matar”) enfim concluiu seu novo thriller, ambientado em solo escandinavo. Nikolaj Coster-Waldau (de “Game of Thrones”) vive um policial empenhado em se vingar do assassino de seu parceiro. É o primeiro filme que De Palma faz desde “Paixão” (2012);

“Ahmed”: Jean-Pierre e Luc Dardenne, cineastas belgas, irmãos, ganhadores de duas Palmas de Ouro (por “Rosetta” e “A criança”), voltam às telas com a história de um jovem europeu que tem uma leitura equivocada do “Alcorão” e resolver assassinar seu professor;

“As filhas do fogo”: Às voltas com o calvário de saúde de seu ator fetiche (e amigo) Ventura, o português Pedro Costa, consagrado por longas como “Juventude em marcha” (2006), finaliza, a duras penas, este drama sobre dona Vitalina Varela, uma imigrante radicada na periferia de Lisboa que luta para preservar os sonhos que trouxe da África;

“Bergman Island”: Queridinha da crítica (com razão, dada sua acurada habilidade de registrar dilemas existenciais), Mia Hansen-Love, atriz e cineasta francesa, narra as aventuras emotivas de um casal em crise em meio à descoberta da obra cinematográfica do diretor de “Persona”;

“Convoi exceptionnel”: Após um hiato de quase dez anos de ausência das telas, Bertrand Blier, um campeão de bilheteria do cinema francês das décadas de 1970 e 80, aclamado no Brasil por “Meu marido de batom” (1986), regressa às telas em uma comédia sobre um homem que descobre ser tema de um roteiro de filme: ou seja, o sujeito percebe que a vida não passa de uma cruel ficção. Gérard Depardieu está no elenco;

“Bacurau”: Três anos após “Aquarius”, Kleber Mendonça Filho divide com Juliano Dornelles a direção de seu novo longa, um misto de drama, mistério e sci-fi, ligado à incursão de um projeto documental gringo no interior de um Brasil onde seus habitantes não são tão cordiais quanto Sergio Buarque de Holanda acreditava. Tem Sonia Braga e Udo Kier no elenco;

“Radegund”: Ganhador da Palma de Ouro com o transcendentalismo de “A árvore da vida” (2011), o americano Terrence Malick pede licença a Deus para dar um tempo em seus dramas de tom transcendental a fim de regressar à Segunda Guerra Mundial (ambiente de seu genial “Além da linha vermelha”) e rodar a saga de um herói austríaco que combateu nazistas. August Diehl (de “O jovem Karl Marx”) assume o papel central;

“Georgetown”: O oscarizado ator austríaco Christoph Waltz (o nazista poliglota de “Bastardos inglórios”) estreia na direção filmando a saga de um alpinista social (vivido por ele mesmo) que se casa com uma ricaça (Annette Bening) a fim de se dar bem na vida e fazer carreira política;

“To the Ends of the Earth”: Conhecido aqui por thrillers como “Creepy” (2016), o prolífico diretor japonês Kyioshi Kurosawa, mestre asiático do terror, investe de novo drama para rodar o conflito existencial de uma mulher que faz vídeos de viagem. Em uma jornada ao Uzbequistão, suas certezas sobre si são postas à prova.

Tags:

cinema | TARANTINO