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Breves histórias

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Manabu Mabe nasceu em Kumamoto, no Japão. Com dez anos de idade, veio para o Brasil com os pais e três irmãos para trabalhar numa lavoura em Lins (SP). Trouxe seus crayons com os quias já desenhava na infância. A primeira vez que usou tinta a óleo foi em 1945, e começou a pintar naturezas mortas e paisagens num ateliê improvisado no próprio cafezal. Sua primeira obra abstrata, "Vibração momentânea", é de 1955 e foi exposta na 3ª Bienal de São Paulo e no IV Salão Paulista de Arte Moderna. Em 1957, mudou-se de vez para São Paulo e, dois anos depois, recebeu o prêmio de melhor pintor nacional da V Bienal de São Paulo e o de destaque internacional na Bienal de Paris.

Naturalizou-se brasileiro em 1960, quando viajou ao exterior pela primeira vez para uma mostra em Montevidéu. Participou de coletivas na Inglaterra, Áustria, Bolívia, Estados Unidos e Japão e, na década seguinte, realizou a primeira individual no Japão, na Takashimaya Art Gallery, e em Houston e Nova York. Os anos 1980 foram de intensa produção e itinerância, quando participou de feiras contemporâneas em Paris e Madri e realizou uma retrospectiva e o lançamento do primeiro livro, "Vida e obra de Manabu Mabe",no Masp/SP em 1986. Sua última obra foi o mosaico "Vento vermelho" de 20m2 na Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em São Paulo, feira em 1997, ano de sua morte

Tomie Ohtake chegou ao Brasil em 1936, fixando-se em São Paulo. Em 1952, começou a carreira incentivada pelo professor de arte e pintor Keisuke Sugano, que a auxiliou a fazer os primeiros quadros. No ano seguinte, integrou-se ao Grupo Seibi, onde definiu-se rapidamente pelo abstracionismo, pesquisando diversas linguagens sobre papel. Seguiu com as experiências fauvistas e cubistas, dedicando-se depois ao concretismo e mergulhando por inteiro no abstrato, onde permaneceria definitivamente. Ela sempre foi fiel à forma, ao desenho bem caracterizado e ao uso das cores de maneira organizada. Em 1957, realizou sua primeira individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1986, o Museu de Arte de São Paulo realizou uma retrospectiva de sua obra e, dez anos depois, foi a vez da Bienal de São Paulo homenageá-la. Em 2000, foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. A artista trabalhou até a morte, em 2015, aos 101 anos.