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Democracia, amor e totalitarismo

Espetáculo Utopias reais promove reflexão sobre liberdade, arte e política

Aline Calamara/Divulgação -
Em cartaz no palco em formato de arena do Sesc Copacabana, o espetáculo mescla música, performance, acrobacias e números circenses
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Formada por 11 músicos egressos de diferentes estados, a Orquestra Manouche apresenta o espetáculo “Utopias reais”, no Sesc Copacabana durante este mês. A montagem reúne performances musicais e artísticas com uma atmosfera circense, que inclui acrobacia em tecidos, pernas de pau, máscaras, poesia e atuação da atriz Alarisse Mattar. A utopia proposta pela encenação é o fio condutor de uma narrativa que abre espaço para a reflexão sobre temas como o amor, o tempo, a democracia e as liberdades sexual, existencial e política.

Com canções autorais, o show surgiu a partir do álbum homônimo - composto pelo cantor carioca Betto Serrador e pelo pianista fluminense Christian Bizzotto -, já disponível nas principais plataformas digitais. Diferentes estilos musicais estão na trilha , entre os quais rock, folk, música erudita, instrumental e popular. Como cada instrumentista vem de uma cidade diferente, como numa legião estrangeira, eles trazem suas próprias vivências, o que se traduz em uma riqueza ainda maior de sutilezas e misturas sonoras.

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Em cartaz no palco em formato de arena do Sesc Copacabana, o espetáculo mescla música, performance, acrobacias e números circenses (Foto: Aline Calamara/Divulgação)

“A maioria de nós tem formação ampla, de multi-instrumentista. Temos um violinista e um trombonista que são da orquestra do Theatro Municipal.E também um baterista de rock, compositores e arranjadores de música instrumental, músicos populares, um regente de coro, um baixista produtor e professores de canto. A Orquestra Manouche é uma grande mistura de músicos com o mesmo sonho de desenvolver trabalhos autorais”, explica Betto, dando sentido às origens do grupo. A palavra “manouche”, em francês, significa cigano ou ausência de fronteiras. Esse desapego libertário é a marca do espetáculo.

A direção de “Utopias reais” fica por conta de Letícia Medella, diretora assistente nas produções “Elza”, “Contos Partidos de Amor” e “Clementina, Cadê Você?”. “Desde pequena, sempre trabalhei com vários tipos de arte e por isso, não tive dificuldade de conciliar toda a mistura que esse esse espetáculo carrega”, conta Letícia, que é palhaça, atriz e dançarina.

*Estagiária com supervisão de Affonso Nunes

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Serviço

UTOPIAS REAIS - Sesc Copacabana (R. Domingos Ferreira, 160 - Copacabana; Tel.: 2547-0156. Qui. a dom., às 19h. R$ 30. Até 27/1.