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Crítica - WiFi Ralph: Deu bug na Disneylândia

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Há uma nostalgia ligada à história dos videogames que deu charme a “Detona Ralph” (2012), um filme calcado no empenho contemporâneo de se relativizar a vilania e ressocializar o Mal, que trombou na falta de carisma de seu personagem. Seu realizador, Rich Moore, um dos diretores da série “Futurama” (arremedo espacial de “Os Simpsons”), pretendia criar algo à altura do bombeiro Mario, o Mickey da empresa degamesNintendo. Apostou numa figura tão rotunda e tão ultrapassada quanto a do herói bigodudo de jogos como “Super Mario Bros.”, só não deu a ela o mesmo carisma e a mesma complexidade.

A falta de identidade própria tira o viço de Ralph, que conta com a voz do genial John C. Reilly nos EUA e a de Tiago Abravanel no Brasil. Seu novo filme, “WiFi Ralph”, narra a aventura dele e de sua parceira Vanellope na WWW, atrás de um meio para regressar ao mundo de consoles e fliperamas onde nasceram. A premissa sugeria um conflito entre passado e futuro, típica de uma dramaturgia ligada à tecnologia, mas o roteiro diluiu suas reflexões apostando em uma série de peripécias editadas sem vitalidade, tornando a narrativa insossa. Só a cena em que Vanellope encontra as princesas da Disney demonstra algum frescor. 

* - Ruim

*Roteirista e crítico de cinema

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crítica | ralph