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Blues Etílicos leva seus sucessos ao palco do Rival

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Mais antiga banda brasileira de blues em atividade, o Blues Etílicos fez história ao traduzir para o português a poesia do gênero. Mas não estamos falando de versões brasileiras para os clássicos do gênero, mas de um trabalho autoral e original que na década de 1980 só tinha como paralelo a obra do Celso Blues Boy. A banda sobe hoje à noite o palco Rival Petrobras para apresentar num balanço de uma carreira iniciada há 34 anos. Entre os sucessos, “Misty Mountain”, “Cerveja” e “Dente de ouro”, uma interessante fusão da sonoridade típica do Mississipi com o berimbau.

A noite será aberta pelo Laranjeletric, uma banda carioca com nove anos de estrada e peculiaridade de ser a primeira banda de blues brasileira, formada exclusicamente por negros. “Eles são excalentes. Ou não estariam abrindo o nosso show”, comenta o baixista Cláudo Bedran, que participa da formação original do Blues Etílicos desde o Natal de 1985, quando o núcleo guitarra/gaita/baixo – formado por Otávio Costa, Flávio Guimarães e por ele – tocou junto pela primeira vez. Depois, os músicos ganhariam a companhia de Greg Wilson (guitarra e voz) e Gil Eduardo (bateria). O atual baterista é Beto Werther.

“Se nunca conseguimos um grande êxito comercial, podemos dizer obtivemos recomhecimento dentro do estilo a que dedicamos a vida”, comenta Bedran, para quem a participação da banda nos mais variados festivais de blues e jazz foi determinante para aprimorar a técnica dos músicos. Um desses momentos foi em 1989 no Festival Internacional de Blues, em Ribeirão Preto, quando abriu a noite para Buddy Guy. O Blues Etílicos já lançou 12 CDs.