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Sexta, 25 de julho de 2025

Com açúcar e com afeto: confira crítica do filme "O confeiteiro"

Divulgação -
"O confeiteiro" expõe relações delicadas
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Entre muitos méritos, “O confeiteiro” estreia na direção e roteiro de Ofir Raul Graizer, desenvolve tão bem seus personagens, que os dez primeiros minutos cumprem a regra fundamental para o êxito na conquista do espectador. O filme envolve a partir de reações delicadas em que olhares são mais fortes que qualquer palavra.

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"O confeiteiro" expõe relações delicadas (Foto: Divulgação)

Em Berlim, Thomas (Tim Kalkhof), um confeiteiro, tem um caso com Oren (Roy Miller), um israelense casado e pai de um menino. Após vários encontros, um dia Oren volta para casa, mas morre em um acidente de carro. Thomas viaja para Israel em busca de respostas sobre o homem que amava. Ele encontra Anat (Sarah Adler), mulher de Oren, dona de um pequeno café. O confeiteiro consegue emprego no local e seus doces fazem sucesso, contrariando as regras da tradição judaica, além da nacionalidade alemã que provoca rejeição pela memória do Holocausto. No entanto, Thomas ganha a afeição da família de Oren. O segredo dos dois cria a grande expectativa para o desfecho.

Representante de Israel no Oscar 2019, “O confeiteiro” não entrou na seleção da Academia, mas é um filme bem resolvido na sua proposta melancólica e solitária. É como observar pinturas de Edward Hopper. Os três personagens centrais representam perfeitamente essa contenção. As variações na linha do tempo revelam com equilíbrio os motivos das ações de cada um. As delícias do confeiteiro ajudam a conectar esse triângulo delicado de amor perdido.

* Membro da ACCRJ

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COTAÇÃO: * * * (BOM)