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OSB celebra John Williams com temas que venceram o Oscar de melhor trilha sonora

Cicero Rodrigues/Divulgação -
Orquestra Sinfônica Brasileira no palco do Theatro Municipal, que divide hoje com a Sinfônica de Barra Mansa, em homenagem ao maestro america
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Cinco vezes vencedor do Oscar, autor de mais cem trilhas sonoras, o compositor americano John Williams é homenageado hoje pela OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) e pela OSBM (Orquestra Sinfônica de Barra Mansa), hoje à noite no Theatro Municipal.

O “Tributo a John Williams” traz sete de suas obras, incluindo quatro das vencedoras do Oscar de melhor trilha sonora original: de “Tubarão” (1976), “Guerra nas estrelas” (1978), “ET” (1983) e “A lista de Schindler” (1994) – ele conquistou a outra estatueta por melhor canção original e trilha adaptada de “Fiddler on the roof” (1972).

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Orquestra Sinfônica Brasileira no palco do Theatro Municipal, que divide hoje com a Sinfônica de Barra Mansa, em homenagem ao maestro america (Foto: Cicero Rodrigues/Divulgação)

De “Guerra nas estrelas” e “Schindler”, as trilhas entram divididas em movimentos conforme a tradição sinfônica. A saga de George Lucas vai de “1. Tema principal” a “5. Sala do Trono & Tema Final”, passando por temas da Princesa Leia e de Yoda, além da “Marcha imperial”, do vilão Darth Vader. Já a lista que faturou sete Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor, para Steven Spielberg, tem e trilha dividida entre “1. Tema”, “2. Bairro Judeu (Gueto de Cracóvia – Inverno de 1941)” e “Lembranças”.

De “Tubarão”, entra “Suíte” e, da trilha de “ET”, a OSB toca “Adventures on earth”.

Natural de Long Island, em Nova York, John Williams, hoje com 86 anos, também é lembrado pela OSB e pela OSBM em temas de “Superman” (1979) e “Jurassic Park” (1993), além da “Marcha dos Caçadores”, de “ Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” (1981).

Residente da OSB, o maestro americano Lee Mills, 31, equipara a complexidade das composições e arranjos de Williams às das peças clássicas das mais consagradas. “Muitos movimentos são tão difíceis quanto de Mozart e Beethoven. E isso é bem lógica, porque, se na época deles, quem mandava eram os reis, que encomendavam as músicas, agora, o cinema dá a demanda”, analisa Mills, que, sobre a criação, vê as trilhas em um universo mais aproximado ao de expoentes do período romântico, como Richard Wagner e Gustav Mahler.

“Em ‘Guerra nas estrelas’, por exemplo, ele usa várias ferramentas musicais, como mudanças de tons e harmonias e, em especial, o movimento final em uma inspiração em que é tudo muito wagneriano”, aponta Lee Mills.

Violinista e regente da OSBM, Daniel Guedes, 41, conduz as orquestras nos temas de “Superman” “Tubarão” e “Jurassic Park”, além de ser o solista na trilha de “A Lista de Schindler” e no tango “Por una cabeza”, de Carlos Gardel – arranjado por John Williams para a trilha de “Perfume de mulher” (1993), estrelado por Al Pacino.

No caminho oposto do usual, Guedes conta que começou a se interessar por cinema através da música clássica. “Meus pais já eram músicos e eu me tornei influenciado por eles. Acabei vendo filmes como ‘ET’ mais de uma vez muito por causa da música. O John Williams conseguiu eternizar esses momentos e agora tenho a honra de homenageá-lo”, conta o violinista e maestro, que combinou com Mills ensaios paralelos das duas orquestras, antes de elas se juntarem para dois ensaios conjuntos.

OPS divulga Temporada 2019

Dedicada a seu fundador, o maestro Armando Prazeres, cujo morte completará 20 anos, a OPS (Orquestra Petrobras Sinfônica) terá concerto com o pianista Nelson Freire e homenagens a Heitor Villa-Lobos, Richard Strauss e Frédéric Chopin, entre outros, em sua Temporada 2019.

A pré-venda para as séries Portinari e Djanira, ambas no Theatro Municipal está marcada para 11 a 28 de fevereiro e a renovação de assinaturas vai de 9 de janeiro a a de fevereiro.

Freire toca o “Concerto para piano nº 5” de Beethoven na última data da série Portinari, em 16 de novembro, com regência do maestro Isaac Karabtchevsky, titular da OPS.

Os cem anos de nascimento de Claudio Santoro também serão lembrados, com “Música para cordas”, na programação da série Djanira de 20 de setembro – que também inclui “Choros nº 6”, de Villa-Lobos, entre outras obras, como “Concerto para violoncelo“, de Marlos Nobre, com Antonio Menezes como solista.

A abertura da temporada, prevista para 13 de abril, terá “Also Sprach Zarathustra, Op.30 “, de Strauss, cuja morte completa 70 anos, além da abertura de “Rienzi” e de “Prelúdio e morte de Isolda”, de Richard Wagner.