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Série italiana do Netflix é acusada de banalizar tráfico sexual

ONG norte-americana protestou contra a exibição de "Baby"

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A série italiana "Baby", que estreou na última sexta-feira (30) no Netflix, está sendo acusada de romantizar a prostituição e banalizar o tráfico sexual.

A diretora do Centro Nacional de Exploração Sexual dos Estados Unidos, Dawn Hawkins, denunciou a produção e afirmou que o serviço de streaming prioriza o lucro em cima de vítimas de abuso. "Apesar de ser um dos apoiadores do movimento #MeToo, o Netflix parece ter ignorado por completo as realidades da exploração sexual", declarou Hawkins. A organização enviou uma carta à plataforma já no início do ano, assinada por diversos sobreviventes do tráfico sexual, pedindo que a série não fosse exibida.

O drama é inspirado em um caso real de prostituição de menores que chocou a Itália e tem as personagens Ludovica e Chiara como protagonistas. As adolescentes, que vivem em um bairro nobre de Roma, fazem sexo por dinheiro para manter um estilo de vida caro e para descontar as frustrações com pais e amigos.

O diretor da série, Andrea De Sica, disse que o sexo não é o assunto principal da trama e que os corpos não são usados de forma sensualizada. De Sica ainda ressaltou que não há nudez e que o drama envolve o psicológico de adolescentes livres que entram na noite e lidam com as consequências de suas escolhas.

"Era importante tentar entender o que estava se passando com uma garota de 16 anos que se sente completamente desprendida do mundo e mergulha neste universo de clubes noturnos e pessoas mais velhas. Todas essas coisas que são muito reais e contemporâneas", explicou.

Hawkins continua pedindo ativamente no Twitter que as pessoas se manifestem contra a produção e que peçam que o Netflix a retire do ar. Não é a primeira vez que se protesta contra o lançamento de uma série na plataforma, já que recentemente "Insatiable" foi acusada de gordofobia. No entanto a atração já tem uma segunda temporada confirmada