Respeitada no cinema por sucessos internacionais como “Educação” (2009) e “Italiano para principiantes” (2000), a diretora dinamarquesa Lone Scherfig vai abrir a 69ª edição do Festival de Berlim (7 a 17 de fevereiro) com o drama de tintas cômicas e românticas “The kindness of strangers”, que será exibido em concurso pelo Urso de Ouro de 2019.
Um elenco multinacional incluindo Bill Nighy, Zoe Kazan, Tahar Rahim e Jay Baruchel está à frente da produção, falada em inglês e centrada na ciranda de afetos de um grupo de pessoas lutando para resistir a um árduo inverno em Nova York. Daqui até o dia 20 de dezembro, a Berlinale vai, diariamente, revelar as atrações já selecionadas para suas diferentes seções, além de divulgar seu time de jurados e seus homenageados. Estima-se que o longa “Amor divino”, de Gabriel Mascaro, que vai representar o Brasil no Festival de Sundance, nos EUA, em janeiro, também vá estar no evento alemão, assim como o documentário ainda sem título que a mineira Petra Costa fez sobre o impeachment de Dilma Rousseff.
Especula-se que a briga pelo Urso dourado vá ter entre seus concorrentes o esperado thriller policial “Dominó”, de Brian De Palma, sobre um detetive (Nikolaj Coster-Waldau, de “Game of Thrones”) empenhado em se vingar do assassino de seu parceiro. As apostas para a seleção berlinense do ano que vem incluem também o drama “Elisa y Marcela”, no qual a diretora a catalã Isabel Coixet reconstitui a história do primeiro casamento homoafetivo da Espanha, ocorrido em 1901; o experimento poético “As filhas do fogo”, do português Pedro Costa, sobre a população africana radicada nas periferias de Lisboa; e “Radegund”, um épico do mítico diretor americano Terrence Malick sobre um fazendeiro austríaco que combateu nazistas.