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O arrepio enquanto arte: confira crítica de 'Mata Negra'

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Rodrigo Aragão é um dos melhores profissionais técnicos do cinema de gênero hoje e vem construindo uma trajetória fílmica em trabalhos de direção consistentes em seus predicados. Criando uma realidade fabular em cima dos próprios mitos brasileiros e bebendo na fonte original que nos inspirou, ele continua trazendo o horror para nosso quintal agora em “Mata Negra” que, entre diversos prêmios já conquistados, acabou de sair da terceira edição do Rio Fantastik com uma menção honrosa da crítica para sua excelência em material estético do gênero. Não é de hoje que seu talento impressiona nas telas, que estão se abrindo para propostas mais ousadas na arte de arrepiar.

Seguindo uma jovem ambiciosa cujo sonho é fugir com uma sacola de moedas de ouro, Aragão aproxima do terror a ignorância social e o fanatismo religioso, em tentativa de fazer leitura ampla do país que nem sempre é tão bem-sucedida. Mas, quando se propõe a mostrar seu domínio pelo gênero e capacidade de apavorar e entreter, Aragão mostra por que está na posição de referência hoje no que faz, abarcando um universo que não apenas domina como praticamente é criação sua.

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MATA NEGRA: ** (Regular)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom