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O artista e o homem, juntos: confira crítica de 'Henfil'

Divulgação -
Henfil e sua mãe, Angela Zoé, uma trajetória de amor
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Mesmo quando lida com seu criativo dispositivo pensado para o longa-metragem que mapeia a vida e a importância de um dos maiores cartunista que o país já teve, Angela Zoé não tenta esconder que por trás de sua intenção permeia o mais puro afeto pelo biografado. E Henfil merecia mesmo cada demonstração de tal sentimento que a cineasta capturou. Tão provocador quanto sedutor, Henfil é pintado com as tintas da generosidade nesse filme que transpira sua obra e personalidade. Disposta a espelhar o legado que esse artista tão singular deixou, Angela criou um “reality show” particular, que tenta literalmente reproduzir sua obra genial.

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Henfil e sua mãe, Angela Zoé, uma trajetória de amor (Foto: Divulgação)

Dotado de depoimentos ora divertidissimos, ora comoventes pela sua própria leveza, “Henfil” é uma espécie de presente para as gerações de hoje, que não tiveram contato com o homem por trás do artista, que partiu há 30 anos. Família e amigos não produzem um simples documentário tradicional, mas um inventário do calor humano que dele irradiava; seus companheiros de arte tentam imaginar o mundo através dos olhos dele, e assim perpetuá-lo.

Aos poucos, a linguagem de Henfil renasce na tela e vaza para a plateia, transformando cada espectador em testemunha de um trabalho tão potente que ainda é referência e reverbera nos artistas de hoje, e o filme assim preenche o mosaico de um homem fascinante com o que de melhor poderia elencar: seu espírito e sua arte.

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HENFIL: *** (Bom)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom