O nome Benoliel é, desde 1993, um dos mais respeitados e cobiçados buffets do Rio de Janeiro. Praticamente todos os eventos de grande porte - incluindo até a visita do papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, quando foi responsável por 52 mil refeições - já tiveram a marca da chef Monique que, agora, passa o bastão para o filho, Pedro. “A gestão continua sendo minha, ele assume a parte operacional. Não tem nada de aposentadoria”, avisa ela, que aproveita para contar, feliz, que acaba de fechar um contrato de 20 anos de eventos com a Associação Atlética Banco do Brasil, na Lagoa, e com o Riocentro, em Jacarapaguá.
Monique deu carta branca a Pedro para tocar a empresa, que faz questão de que tenha a marca da história da família. “Sou realizada profissionalmente, mas confesso que fiz um trabalho interno de desapego. Afinal, temos de acreditar nos mais jovens, eles têm muito mais saúde!”, afirma. “Me sinto maduro para assumir essa responsabilidade e, além disso, ela não vai sair de cena. O buffet é a vida dela”, diz Pedro, reconhecendo, no entanto, que não se trata de um processo rápido. “Estamos com uma troca legal, ela está me deixando botar as asinhas de fora”, brinca ele que, no último Rock in Rio, comandou sete cozinhas. “Há diálogo sempre, nossa relação é de mãe e filho, de amigos e sócios”, reforça Monique.
A primeira mudança visível foi no nome, de buffet para ateliê. “É uma estratégia para despersonificar a figura da Monique, trazendo uma identidade gastronômica, com transformações estruturais”, explica Pedro, que, além de chef, é apresentador do programa “Tempero na mochila”, que está na quarta temporada. “Desta vez, estou em Minas Gerais. Acho que é uma temporada marcada por uma evolução, tanto minha, quanto do programa, e até do canal Food Network, que foi comprado pela Discovery. São 13 episódios, três deles feitos só em Belo Horizonte”, conta sobre a atração que é exibida toda segunda, às 23h.
O Ateliê Benoliel oferece diversas opções de serviços, desde buffet tradicional, à francesa, empratado, volante com miniporções, menu degustação e a Deli Benoliel. “A ideia é inspirada nos mercados de Jerusalém e Tel Aviv. Sou um cara que viaja muito, então quis trabalhar minhas referências, que é a comida judaica. E é a Deli que traz um pouco disso”, diz ele, ambicionando um mercado 360 graus e não só corporativo.