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Joãosinho Trinta: Homenagem ao gênio da Avenida

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O terceiro encontro do ciclo de debates “Samba no pé... e na memória” será um tributo a um carnavalesco mítico: Joãosinho Trinta, o maranhense que transformou os desfiles das escolas de samba cariocas no grande espetáculo visual dos nossos tempos. Hoje, seria o aniversário de 85 anos do artista, que morreu em dezembro de 2011. O encontro será realizado no Arquivo Nacional, às 17h, com participação dos escritores e jornalistas Aydano André Motta e Leonardo Bruno, da doutora em História da Arte Mara Frangella e do curador do evento, o jornalista Fred Soares. Eles debaterão “O legado do Cristo mendigo”.

“A mesa vai falar da importância de Joãosinho para a grande virada de página do Carnaval. Ele se tornou carnavalesco e emendou cinco títulos. Ganhou de 1974 a 1978, duas vezes no Salgueiro e três na Beija-Flor”, conta Fred Soares, que destaca dois grandes enredos do mestre “As minas do Rei Salomão” e “Rei de França na Ilha da Assombração”.

Outro destaque da mesa será o Carnaval de 1989, quando Joãosinho fez história com “Ratos e urubus larguem minha fantasia”.

“Ele falava de toda a sujeira da sociedade, na política, na religião, na exploração do comércio infantil. Eu me lembro que, aos 19 anos, percorri a concentração e vi aquelas pessoas de classe média todas de mendigos. E pensei: “A Beija-Flor vai cair”. A escola entrou na Avenida e fez um dos maiores carnavais de todos os tempos. Joãosinho apostou no elemento dramático, tão importante no desfile das escolas de samba”, destaca Fred.

A escola voltou a emocionar no Desfile das Campeãs: “Os componentes arrancaram a lona e foi possível ver o Cristo Mendigo por um tempo. Foi um êxtase”.