ASSINE
search button

Jorge Drexler é o grande vencedor do Grammy Latino

Pelo álbum Caravanas, de 2017, Chico Buarque recebeu prêmios em duas categorias

divulgação -
Drexler desbancou os francos favoritos e faturou três troféus,
Compartilhar

O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler - muito conhecido do público brasileiro e que chamou a atenção com a trilha sonora do filme “Diários de motocicleta”, de Walter Salles - foi o grande vencedor da premiação do Grammy Latino, que aconteceu na noite de quinta-feira em Las Vegas. Drexler venceu em três categorias: canção do ano e gravação do ano por “Telefonía”, e melhor álbum cantor-compositor por “Salvavidas de hielo”.

Entre os artistas brasileiros que disputavam a premiação, destacava-se o cantor e compositor Chico Buarque, indicado a três categorias. Levou dois troféus, o de melhor álbum de Música Popular Brasileira e o de melhor canção em língua portuguesa por “Caravanas”, álbum lançado em 2017.

O prêmio de álbum do ano no evento principal, a que Chico também fora indicado, foi vencido pelo mexicano Luis Miguel, com o disco “México por siempre”. Nenhum dos dois artistas compareceu à cerimônia.

Os artistas colombianos também fizeram bonito na premiação, com as vitórias de Maluma na categoria de melhor álbum vocal pop contemporâneo por “F.A.M.E.” e de Karol G na categoria revelação por “Mi cama”.

A jovem cantora espanhola Rosalía, apontada pela crítica como uma das artistas que vêm revolucionam o flamenco e estreou no ano passado com uma fusão de flamenco com R&B e eletrônica, chegou com cinco indicações - um feito e tanto. Ela triunfou nas categorias fusão urbana e melhor canção alternativa por “Malamente”.

Macaque in the trees
Drexler desbancou os francos favoritos e faturou três troféus, (Foto: divulgação)

Durante a festa latina da indústria fonográfica, a cantora e compositora brasileira Anaadi lamentou que o país esteja “sofrendo uma ameaça neofascista”.

A intérprete recebeu o gramofone dourado de melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa por “Noturno”.

Ela disse que a independência de um artista não se trata apenas de “quem coloca dinheiro no seu projeto, mas de fazer a música que a gente quer, do jeito que a gente quer, pra quem a gente quer”.

“O Brasil agora está sofrendo uma ameaça neofascista de um governo novo”, prosseguiu, referindo-se ao presidente eleito, o ultradireitista Jair Bolsonaro.

“Espero que a gente possa continuar sendo independente para fazer cultura, arte, música independente nesse país que tanto precisa de identidade, que tanto precisa reforçar sua identidade neste momento histórico”, acrescentou.

Indicado em oito categorias, o cantor colombiano de reggaeton J Balvin era o franco favorito da cerimônia do Grammy Latino. Teve de se contentar com apenas um, o de melhor álbum de mísica urbana, por “Vibras”.

A cantora carioca Anitta foi outra estrela que esperava sair consagrada da festa, mas teve de voltar para casa de mãos abanando. Ela concorria por sua parceria com J Balvin e ainda por “Sua cara”, gravada ao lado de Pabllo Vittar.