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Às vezes, é bom mudar

Divulgação -
Rachel Bronsnahan vive a maravilhosa Mrs. Maisel
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Nem tudo no streaming, ou conteúdo pago, se resume à Netflix – atual campeã mundial no segmento –, como bem comentamos aqui, na semana passada. Canais pagos, como o FX, por exemplo, exibem material de primeira qualidade (nível HBO), como a série “Pose”, e, a própria HBO, exibiu recentemente a minissérie que, para mim, é a melhor do ano, “Sharp objects”, com uma Amy Adams como nunca vimos antes – quem perdeu, pode ver no HBO Go.

Por outro lado, embora, no momento, reine soberana em grande parte do planeta, a Netflix já tem alguns concorrentes de peso em seu segmento nos Estados Unidos, como o Hulu e o serviço Prime Video. O primeiro, ainda não disponível no Brasil, lançou a premiada “The handmaid’s tale”, que está sendo exibida aqui no canal pago Paramount. O segundo, da gigante de vendas online Amazon, ainda está entrando timidamente no Brasil, mas já tem algumas séries em seu catálogo que valem a assinatura.

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Rachel Bronsnahan vive a maravilhosa Mrs. Maisel (Foto: Divulgação)

É o caso de “The man in the high castle”, baseada em livro de Philip K. Dick (de “Blade runner”, entre outros sci-fi distópicos), que mostra como seria o planeta e, sobretudo, os Estados Unidos, se os nazistas tivessem ganhado a Segunda Guerra Mundial. Esta série foi tão bem recebida que já está em seu terceiro ano de produção, somando 30 episódios – dez em cada temporada.

Recentemente, a Amazon Prime Video estreou “Homecoming”, com Julia Roberts, em sua primeira aparição numa série de TV, mas, por enquanto, nenhuma produção da Amazon foi licenciada para exibição em outros meios.

Uma pena, porque é de lá, também, que vem a divertida e diferente (e muito premiada) “The marvelous Mrs. Maisel”. É uma comédia de época, passada na Nova York dos anos 1950, focada em Miriam, uma bela judia de classe média – a senhorita Maisel do título, interpretada com muita graça por Rachel Brosnahan.

Depois de se dedicar tanto ao marido – um executivo com quem tem dois filhos e que, nas horas vagas, tenta ser comediante stand up no lendário bar Gaslight, de Manhattan –, este, acaba trocando-a pela secretária.

Ao saber disso, Miriam toma um porre homérico e vai, de roupão e lingerie, ao Gaslight (onde havia deixado um tupperware!).

Lá, ao contar sua desgraça, com muito senso de humor e ironia, acaba realizando uma apresentação espetacular, ainda que sem querer.

Assim, acaba adentrando, relutantemente, o mundo da comédia de improvisação ao vivo.

De quebra, nesta noite conturbada (foi parar até na delegacia, por expor os seios enquanto se lamentava, ao compará-los com os da secretária), acaba conhecendo o lendário Lenny Bruce, outro comediante judeu (já interpretado no cinema com maestria por Dustin Hoffman) que, invariavelmente, ia parar no xilindró por falar palavrões em suas apresentações.

Isso tudo – sem spoilers –, está no episódio piloto (bem, Lenny fica por nossa conta). O resultado é que, este ano, “The marvelous Mrs. Maisel” foi uma das séries mais premiadas, ganhando baldes de Emmys, e também Globos de Ouro. Merecidamente.

É impossível não se apaixonar pela espevitada “Midge”. A nova temporada chega no dia 5 de dezembro.

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Rugidos

A plataforma de streaming brasileira Globoplay lançou, nesta semana, a série “Ilha de ferro”, que se passa em uma plataforma de petróleo em alto-mar. São 12 episódios.

Devido ao grande sucesso do filme no Brasil, a Fox lança, nesta semana, uma versão de “Bohemian rhapsody”, com as letras das músicas, para o público cantar junto. Exclusivamente na rede Cinemark.