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De Recife para SP, festival No Ar Coquetel Molotov comemora 15 anos

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Há 15 anos, o festival No Ar Coquetel Molotov realizava a sua primeira edição em Recife. Desde então, além de várias outras edições na capital pernambucana, a festa passou por cidades como Salvador, Belo Horizonte e Belo Jardim. São Paulo estreia nesta rota ainda no final deste mês.

Antes de passar pela capital paulista, o festival retorna a Recife, no dia 17, com shows divididos em três palcos, com nomes nacionais, como Luedji Luna, Anelis Assumpção e Duda Beat, além de atrações internacionais, como o baterista do Tame Impala, Barbagallo, e o indie neozelandês, Connan Mockasin. A festa por lá vai ser no o Caxangá Golf Country Club e os ingressos variam entre 60 e 120 reais.

Nesta quinta-feira, 15, haverá ainda uma comemoração pelos 15 anos do festival, com um show da rapper americana Azealia Banks no Bailinho, em Recife. A rapper, que segue ainda para São Paulo no dia 16, já passou por Rio de Janeiro, Curitiba e Fortaleza com a sua turnê pelo País.

O festival No Ar Coquetel Molotov, então, finalmente aterrissa em São Paulo no dia 30 de novembro, com as atrações já confirmadas como Tuyo, Baco (Exu do Blues) e ainda um show especial de Karina Buhr, Alessandra Leão e Isaar. Na capital paulista, o festival acontece na Água Branca, em São Paulo, com ingressos entre R$ 25 (meia) e R$50.

"São Paulo é onde acontece tudo, mas ainda precisa ter mais festivais de música que consigam filtrar tudo que está acontecendo na cena independente com um olhar mais curioso, como o nosso", afirma a organizadora do festival, Aninha Garcia. "É o nosso primeiro passo na cidade e a ideia é que vá crescendo aos poucos para que possamos fazer um dia como no Recife, com diversas bandas, feira, intervenções artísticas."

As edições do festival em Recife e São Paulo terão duas atrações em comum, a banda goiana Boogarins e a cantora paulista Maria Beraldo. Ambos lançaram, recentemente, novos trabalhos.

O Boogarins chega em Recife dois dias após um show em Barcelona, encerramento da turnê europeia de divulgação do álbum Lá Vem a Morte. Os goianos também já passaram, com a turnê, pelo México e pelos EUA, onde se apresentaram no mega festival Coachella. "No último mês foram quase 30 shows, a banda vai voltar bem afiada para o Brasil", afirma o guitarrista Benke Ferraz.

Recife, inclusive, foi a primeira capital brasileira em que o Boogarins se apresentou fora de Goiás, justamente numa edição do Coquetel Molotov. A banda diz que a nova apresentação será uma chance única para os pernambucanos, já que o festival dará as condições técnicas para que o show da turnê seja apresentado com a estrutura completa, que inclui projeções e jogos de luzes. "Ainda não fizemos o show completo no Nordeste."

Para São Paulo, a banda pode já apresentar músicas inéditas, do novo disco, previsto para ser lançado no início do ano que vem. "Temos um show baseado no improviso", explica Benke. "Pode ter novidades. O show tem um pouco de tudo", diz o guitarrista, que elogia os festivais de música por serem "vitrines" para bandas independentes.

Se o Boogarins já se encaminha para o quarto álbum, Maria Beraldo chega ao Coquetel Molotov para apresentar o primeiro, Cavala, lançado em maio. A cantora se diz feliz de poder apresentar ao público músicas tão pessoais. "Por falar da minha vida pessoal, é mais um passo da minha saída do armário e contribuiu para um processo político pessoal", opina a artista, assumidamente lésbica. "Tem sido muito importante encontrar meu público, ver que tem pessoas se identificando com a minha música no Brasil inteiro."

Maria começou a estudar música ainda na adolescência e afirma que festivais foram parte importante do processo. "Comecei a ir com 13 anos, a minha musicalidade foi criada dentro de festivais", diz a cantora, que destaca a possibilidade de conhecer novos artistas nos shows. "Às vezes a pessoa está indo ver outra banda, mas conhece seu trabalho. Tem um caráter, também, de encontro entre os artistas nos bastidores."