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Vinte anos de acessórios: Marca Via Mia começou na Babilônia Feira Hype

Divulgação -
Os tons de laranja predominam na coleção do verão 2019
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Contos de fadas e finais felizes acontecem todos os dias. Para se certificar, basta ouvir algumas histórias de empresas bem-sucedidas, como a Via Mia, que nesta semana completa 20 anos de atividade.

Se o começo foi vendendo carteiras de couro de porta em porta, o estouro foi detonado durante os cinco anos como Via Milano, em um espaço da Babilônia Feira Hype. Dali em diante, foi questão de mudar o nome, pesquisar, estudar e aprender, até chegar à atual situação, de 85 lojas e produtos em mais de 300 multimarcas Brasil afora.

“Este crescimento foi estudado. Em 2009, tínhamos 200 pessoas interessadas em abrir franquias da nossa marca. Como tenho cinco pés no chão, achava que era muita responsabilidade, um passo importante”, lembra Roger Sabbag, que em 1998 veio da Califórnia e abriu a empresa com a irmã, Daniela, e o irmão, Andrei.

Mesmo com os tais cinco pés no chão, os irmãos afinal decidiram abrir cinco franquias - duas em Salvador, uma em Recife, uma em Vitória e a última em Niterói - para aprender o processo. “Bem relutante, combinei que, se os franquiados tivessem retorno em quatro anos, teria dado certo. Armamos a logística, reduzimos o número de fornecedores de cem para 20, e em 2013 abrimos a porteira: o resultado foi tão bom, que os franquiados logo abriam a segunda e a terceira loja! Em 2019, devemos romper a barreira das cem lojas!”, antecipa Roger.

Os produtos convencem

Se há 20 anos eram carteiras, depois passaram ao sucesso das bolsinhas com aplicação de flores, e atualmente chamaram a atenção da Pantone, empresa que domina o setor de tendências de cores. Esta parceria rende coleções feitas nas cores das novas cartelas: bolsas, sacolas, chinelos e sapatos ostentam a barra branca com o número da tonalidade utilizada.

Mas há produtos eternos, que formam a identidade da Via Mia. Um dos presentes em todas as coleções, seja inverno ou verão, é a alpargatinha de lona, que há dez anos faz sucesso em muitas variações de cores, estampas e detalhes. E há algum modelo que não agradou nestas duas décadas?

“Não foi exatamente um fracasso de vendas, mas tentamos criar uma linha vegana, acabamos desistindo. Mas nos orgulhamos de ter a produção toda nacional: temos mão de obra e matéria-prima bacanas, procuramos materiais com a cara do Brasil. Sou contra a exportação de matéria-prima, em vez dos manufaturados. O Brasil já foi o maior exportador de sapatos, agora ocupa o quarto lugar no mundo”.

Agora é festa

Se o começo foi em 1998, durante uma crise (mais uma) que Roger considera pior do que a atual, a evolução para estas 85 lojas envolveu a aposta em alta tecnologia. Os lojistas fazem dez pedidos anuais online, depois de assistirem às duas convenções de lançamento. A equipe de vitrinistas trabalha no portal que detalha a forma de expor as coleções. Por outro lado, o valor humano que produz as 1.600 peças sai das fábricas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e das três no Rio - as carteiras são feitas em Benfica, as bolsas, em Caxias, e há 15 anos saem novidades da Tijuca.

A festa de hoje no Parque Lage vai celebrar este trabalho todo. Será lançada a nova coleção, incluindo a parceria com a Pantone e exibido o filme com a história da Via Mia. E a crise, afinal, como as fadas que citamos no começo resolvem este caso?

“Atualmente, temos só franquias. Nunca fechamos uma loja sequer. Trabalhamos no escritório lindo na Barra, vamos celebrar na festa, ao mesmo tempo preparamos as convenções e os treinamentos de equipes. Quanto à crise, a sociedade está mudando e a discordância faz o mundo mudar. Está tudo do jeitinho que a gente gosta!”