Ambientado no final de 1990, quando o Chile se adaptava à realidade pós-ditadura de Augusto Pinochet, “Tarde para morrer jovem” (Tarde para morir joven – 2018) é uma produção de essência naturalista que mostra uma pequena comunidade nos pés dos Andes se preparando para o réveillon.
Dirigido e roteirizado por Dominga Sotomayor, o longa tenta retratar a vida longe dos centros urbanos por meio de simbolismos. Ao fazer esta opção, não desenvolve as histórias que se propõe a contar, sobretudo a de Sofia (Demian Hernández), que tem sua adolescência roubada pelo abandono materno, pois tem de assumir a família e a casa. Com isso, carece de uma trama bem amarrada, capaz de emocionar a plateia, impedindo-o de se sustentar enquanto obra cinematográfica.
Selecionado para a Première Latina, este não é um longa sobre isolamento, mas sobre ausências: de mãe, diálogo entre pais e filhos, infraestrutura e, acima de tudo, conteúdo.
*Membro da ACCRJ
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TARDE PARA MORRER JOVEM: * (Ruim)
Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom