Jerry Lewis à inglesa, com quatro décadas de humor no currículo, Rowan Sebastian Atkinson se tornou famoso no Brasil em meados dos anos 1990, quando o “Fantástico” começou a exibir os esquetes do programa “Mr. Bean”, no qual aloprava as ruas de Londres e outras partes do mundo no papel de um trapalhão profissional. A popularidade mundial de Bean se repetiu nas incursões do personagem no cinema, onde Atkinson engatou, em 2003, uma outra franquia, cuja arrecadação nas bilheterias beira US$ 430 milhões: “Johnny English”. A dramaturgia aqui é outra: não se trata de um amontoado de peripécias e sim de uma trama de espionagem, à la 007, só que temperada de comédia, cada vez mais rasgada.
Pilotado pelo prolífico diretor de séries cômicas David Kerr, o capítulo três das aventuras deste James Bond de araque, “Johnny English strikes again”, é o mais barato da trilogia (custou US$ 25 milhões), mas já faturou cerca de US$ 110 milhões em terras britânicas e nos EUA. É o roteiro mais inspirado da trajetória deste quase herói. Na trama, ele é convocado pelo Serviço Secreto de Sua Majestade depois que um hacker vaza, nas redes sociais, a identidade de uma série de agentes mais habilidosos do que nosso protagonista. Porém, como só sobrou ele e vilão algum o levaria a sério, Johnny corre atrás do possível culpado por esse vazamento de informações sigilosas. Seus métodos para desvendar o caso garantem uma série de gargalhadas para a plateia, que ganha de brinde aqui a esmerada fotografia do alemão Florian Hoffmeister (de “Além das palavras”), digna do melhor de Bond. A montagem de Mark Everson garante um ritmo crescente seja no suspense, na ação ou na piada.
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JOHNNY ENGLISH 3.0: *** (Bom)
Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom