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A amizade que mudou uma vida: confira a crítica de 'Legalize já - A amizade nunca morre'

Divulgação -
Marcelo (o futuro D2) e Skunk, o parceiro que não sobreviveu para desfrutar do sucesso do Planet Hemp
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Filmar biografias não é fácil. Difícil é achar o tom, não endeusar demais o(s) enfocado(s), não inventar muitas coisas, para não desandar – ainda que, toda cinebiografia, acrescente personagens fictícios, para ligar pontos. E o principal: focar num recorte especifico.

“Legalize já” faz tudo isso, com segurança. Ele não pretende contar “a verdadeira história do Planet Hemp” (banda carioca dos anos 1990, que apareceu com uma boa mistura de rock e hip hop e um discurso a favor da legalização da maconha), mas a amizade que fez tudo acontecer, entre o camelô Marcelo e o inquieto Skunk (ótima caracterização de Ícaro Silva). Skunk mudou a vida de Marcelo (que virou D2). Mas, infelizmente, não viveu o bastante para desfrutar da fama. Foi levado pela Aids.

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Marcelo (o futuro D2) e Skunk, o parceiro que não sobreviveu para desfrutar do sucesso do Planet Hemp (Foto: Divulgação)

Embora o diretor Johnny Araújo não demonstre o mesmo tour de force neste, do que em “O magnata” (2007), baseado em roteiro do músico Chorão, do Charlie Brown Jr, ele evita clichês fáceis. E usa de bela fotografia em pb/sépia, que capta bem a Lapa carioca e seus arredores, onde tudo aconteceu. Não é um filme musical (há pouca música nele). Mas de como a música (e a amizade) pode mudar vidas.

*Jornalista

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LEGALIZE JÁ - A AMIZADE NUNCA MORRE: *** (Bom)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom