ASSINE
search button

Funcional e apelativo: confira crítica de 'A Casa do Medo - O incidente em Ghostland'

Divulgação -
Crystal Reed vira uma boneca humana
Compartilhar

Pascal Laugier se destacou no terror com “Mártires (Martyrs, 2008)” onde chegava a extremos do gênero. De lá para cá, não fez mais nada digno de nota em sua obra. Inclusive este filme, que foi lançado em vários países direto em vídeo sob demanda. “A Casa do Medo” traz a manjada história de uma mãe e filhas que vão morar em uma casa isolada. Durante a mudança, vai sendo alardeado que terríveis tragédias acontecem na região.

“A Casa do Medo” funciona, o diretor consegue dar os sustos, criar o clima e oferecer reviravoltas (a primeira com 20 minutos de filme, onde após mãe e filhas serem massacradas por serial killers, uma das filhas acorda quase duas décadas depois como uma escritora de sucesso). O elenco é bom, vale destacar a atuação da veterana cantora Mylène Farmer. Pascal constrói uma atmosfera de pesadelo e crueldade, flertando com o grotesco.

Macaque in the trees
Crystal Reed vira uma boneca humana (Foto: Divulgação)

O grande problema é ter “estômago” para “A Casa do Medo”, e não é pelos requintes de perversão (que parecem quase gratuitos), mas pela misoginia gritante e a transfobia contida na produção. Feitos para chocar ou não, prova-se totalmente desnecessário e mostra que o diretor fica abaixo de suas obras anteriores. O resultado é um filme assistível, com ressalvas.

* Assistente de direção e jornalista

______________________________

A CASA DO MEDO – INCIDENTE EM GHOSTLAND: ** (Regular)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom