ASSINE
search button

Choro húngaro em casa carioca: Gabriel Geszti interpreta composições do tio, Ian Guest

Divulgação -
Gabriel Geszti em dois momentos: ao piano e, mais novo, observando o tio Ian Guest tocar, com toda a atenção
Compartilhar

Afluindo as águas do Danúbio às do Rio Carioca, a família Geszti celebra hoje seu legado musical na Casa do Choro, pelas teclas do piano da primeira geração nascida em terras brasileiras.

O pianista Gabriel Geszti toca hoje na casa da Rua da Carioca os choros compostos pelo tio. Nascido János Geszti em Budapeste, em 1940, ele se mudou com a família para em 1956 para o Brasil, onde aportuguesou o nome para Ian Guest, facilitando a comunicação no Rio de Janeiro.

Macaque in the trees
Gabriel Geszti em dois momentos: ao piano e, mais novo, observando o tio Ian Guest tocar, com toda a atenção (Foto: Divulgação)

Bacharel em Composição pela UFRJ e pela Berklee College of Music, em Boston (EUA), o músico fundou, em 1987, no Rio, o Cigam (Centro Ian Guest de Aperfeiçoamento Musical), onde introduziu no país o método húngaro Kodály de aprendizagem musical - que se popularizou pelo Brasil - e foi professor de músicos do quilate de Raphael Rabello, Almir Chediak, Zélia Duncan, Leila Pinheiro, Vittor Santos, Hélio Delmiro, Maurício Einhorn, Luiz Carlos Vinhas, Henrique Cazes, Maurício Carrilho, Maurício Tapajós e Mario Adnet, entre outros.

Publicou livros de piano, arranjos e harmonia, extensamente utilizados por músicos brasileiros e mudou-se para Petrópolis, indo depois para Minas Gerais, onde mora hoje.

“Me lembro ainda menino, eu debruçado ao piano ouvindo suas criações harmônicas. Ele teve participação fundamental em minha formação como músico. Foi muito importante para toda uma geração”, recorda Gabriel, que retomou a grafia original do sobrenome. “Porém, ao meu ver, como compositor, não é muito tocado, especialmente aqui no Rio. Gostaria de fazer essa homenagem, trazendo esse vasto universo, mas pouco conhecido”, acrescenta Gabriel Geszti.

Macaque in the trees
Marcus Garrett recorda gravações menos conhecidas de Jacob do Bandolim (Foto: Divulgação)

Instrumental e voz dão a sequência da semana na Casa do Choro. Amanhã, é a vez de o bandolinista Marcus Garrett homenagear a maior referência histórica do instrumento no Brasil, com o show “Pérolas de Jacob”.

Acompanhado por Pedro Cantalice (cavaquinho), Leandro Montovani (violão de sete cordas) e Magno Julio (pandeiro), Garrett perfila canções menos conhecidas de Jacob do Bandolim e de outros compositores gravados por ele, como Ary Barroso (“Chorando”), Bonfíglio de Oliveira (“Saudade de Guará”), Radamés Gnattali (“Serenata no Joá “) e Ernesto Nazareth (“Floraux”).

No happy hour para o fim de semana, quem esquenta a casa é a cantora Marina Iris, com o show “Rueira” – nome álbum que lançou em março, pela Biscoito Fino.

Com onze canções do melodista, arranjador e diretor musical Rodrigo Lessa, o álbum tem letras da música e escritora Manu da Cuíca e conta com as participações de Zélia Duncan, Banda do Síndico e Julio Estrela.

Tim Maia, Cesária Évora, Maria Bethânia também estão entre as referências da cantora, que já lotou o Teatro Rival no show de lançamento do álbum.

Macaque in the trees
Marina Iris solta sua voz rueira na sexta-feira, abrindo o fim de semana (Foto: Divulgação)

-------

SERVIÇO

CASA DO CHORO (R. da Carioca, 38 - Centro; Tel.: 2242-9947). De hoje à sexta, às 19h. Entrada: R$ 40 e R$ 20.

Capacidade: 100 lugares. Bilheteria, de 11h às 19h.

Divulgação - Marcus Garrett recorda gravações menos conhecidas de Jacob do Bandolim
Divulgação - Marina Iris solta sua voz rueira na sexta-feira, abrindo o fim de semana