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Roger Waters aponta Bolsonaro como neofascista

Reprodução/Twitter -
#EleNão foi projetado no telão durante o show de Roger Waters, em São Paulo
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Roger Waters, um dos fundadores da banda britânica Pink Floyd, se apresentou nesta terça-feira (9) no Allianz Parque, em São Paulo, e dividiu a multidão.

Conhecido por seu ativismo político, o músico foi aplaudido por uns e vaiado por outros quando o telão de 70 metros de largura de seu espetáculo apontou o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, como neofascista.

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#EleNão foi projetado no telão durante o show de Roger Waters, em São Paulo (Foto: Reprodução/Twitter)

A projeção mostrou uma lista de líderes políticos de diversos países, sob o título "Neo-fascism is on the rise" ("Neofascismo está em alta", em tradução livre). A relação incluía os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, a líder nacionalista francesa Marine Le Pen, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e Bolsonaro, entre outros.

O telão ainda exibiu as cores da bandeira LGBT+ e a hashtag #EleNão, campanha criada contra o candidato do PSL. Houve quem entoasse a frase e quem a criticasse, gritando "Fora, PT".

Em coletiva de imprensa no ano passado, antes do início da turnê, Waters disse que seus shows alertariam as pessoas de que governos autoritários estão no poder. "É por isso que as pessoas querem sair por aí e se embebedar. Querem esquecer disso", declarou à época.

O show é dominado por clássicos do Pink Floyd, mas traz também produções da carreira solo do músico, em tom mais suave, um pouco mais distante do psicodélico produzido pela banda. O tom mais político chega, inclusive, de seu disco solo mais recente, chamado "Is This The Life We Really Want?", que traz uma visão pessimista do mundo.

Waters se apresenta mais uma vez no Allianz Parque nesta quinta-feira (10), em sua maior turnê no Brasil desde 2002.

Depois de São Paulo, o músico passa por Brasília (13), Salvador (17), Belo Horizonte (21), Rio (24), Curitiba (27) e Porto Alegre (30).