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A empatia nos salvará: confira crítica 'Mare Nostrum'

Divulgação -
O diretor aposta no entendimento através da palavra
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A crise econômica mundial é base para mais um filme. Roberto volta ao Brasil depois de perder tudo na Espanha; Mitsuo regressa após perder tudo num tsunami no Japão. Dois homens que se esbarraram na infância por intermédio da compra de um terreno e, agora, o mesmo terreno volta a unir, um lugar (mágico?) que tem a oportunidade de dar sentido às suas vidas ao injetar o capital necessário para evitar um desastre emocional, porque o financeiro já está claro.

O diretor Ricardo Elias ganhou Gramado na década passada com “De passagem” e faz aqui um filme menos urgente, mais pautado na conciliação e na tentativa de resolver as questões sem criar novas. O tom naturalista do todo sofre uma ruptura com a entrada em cena de elementos fantásticos que tirariam do filme o ar distante melancólico, mas Elias insiste na esperança do entendimento através da palavra, sem conflitos e na base do afeto.

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O diretor aposta no entendimento através da palavra (Foto: Divulgação)

Com um elenco que corresponde às suas intenções (incluindo um compenetrado Silvio Guindane), Elias fala diretamente de 2011, como se, no segundo anterior ao início da deterioração empatica da sociedade de hoje, muito preocupada em ter e ser, e que até o egoísmo esconde um certo altruísmo. Com boas intenções, o filme tenta dizer que o humano tem jeito, é só nos situarmos em busca de um bem comum que a saída pode se avizinhar.

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Mare Nostrum: ** (Regular)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom