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Neymar comanda a vitória, Brasil elimina o México e avança para as quartas: 2 a 0

Craque marcou o primeiro e deu o passe para Firmino fechar o placar

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Samara - O México nunca passou das oitavas de final, em sete copas seguidas. E entrou em campo para jogar com dez na frente. Mas a seleção brasileira nem quis saber da frieza dos números. No calor da Arena Samara, o Brasil venceu por 2 a 0 , gols de Neymar e Firmino, e garantiu a vaga nas quartas de final, contra a Bélgica, sexta-feira.

Com os  gols de Neymar e Firmino, o Brasil alcançou o 228º gol em Copas e volta a ter a artilharia geral em Mundiais, superando a Alemanha, com 226.

A torcida mexicana era muito maior e mais barulhenta na Arena Samara e enlouqueceu com a primeira descida perigosa. Aos 2,  o  México avançou com Guardado, que cruzou a bola, mas  Alisson saiu do gol e tirou de soco. No rebote, Lozano carimbou a defesa brasileira e a bola foi para escanteio.

Aos 4, o Brasil respondeu. Da entrada da área, Neymar, que começou discretamente, mas cresceu muito no jogo,  deu seu primeiro chute ao gol, mas Ochoa fez defesa parcial e a zaga afastou a bola. O México trocava passes de pé em pé enquanto sua torcida gritava olé. Isso aos 6 minutos de jogo.

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O México queria jogo  e descobriu espaço para descer pelas costas de Fagner, que falhava na marcação. Carlos Vela cruzou rasteiro, mas foi travado pelo lateral brasileiro e a bola foi para córner. Após a cobrança de escanteio, Chicharito ficou com a bola escorada cara a cara com Alisson e perdeu grande chance.  O bandeirinha marcou impedimento incorretamente. Willian dava condição.

A defesa brasileira parecia nervosa e às vezes mal colocada em campo e dava espaços para o time mexicano, que jogava todo no ataque, conforme havia prometido o técnico Carlos Osorio. O time brasileiro parecia sem saída, preso em seu próprio campo de defesa. O México, com mais domínio, jogava solto e não deixava o Brasil jogar.

O México trabalhava com dez jogadores no ataque e o Brasil se defendia com dez atrás. Na metade do segundo tempo, os mexicanos davam as cartas no jogo enquanto os brasileiros não conseguiam construir uma só jogada de ataque, a não ser um único chute de Meymar.  

Finalmente, aos 24, o Brasil conseguiu entrar na área adversária. Neymar driblou Álvarez e chutou, mas  Ochoa, atento, saiu na hora do arremate. E o Brasil continuou na área mexicana, pressionando os três minutos seguintes. Aos 27, Coutinho pegou rebote e arriscou direto. A bola subiu mais do que o esperado e passou por cima do travessão de Ochoa. Em três minutos, a seleção brasileira fez mais do que a primeira metade da etapa inicial inteira.

E a jogada de maior perigo veio aos 32: Coutinho entrou na área pela esquerda e tocou para trás. Gabriel Jesus, que jogava bem à essa altura,  pegou, cortou para a esquerda e chutou para defesa bem colocada de Ochoa. 

O jogo melhorou muito para o Brasil, a partir dos 38 minutos. A seleção brasileira começou a criar mais e deu três chutes a gol, enquanto o México, que começou melhor,  tirou o pé do acelerador, nenhum. Aos 40, Willian recebeu a bola na ponta direita, encarou o marcador e cruzou rasteiro. O goleiro Ochoa, atento, pegou.

O México veio para o segundo com Layún no lugar do volante Rafa Márquez, que ontem se tornou o primeiro jogador a usar a braçadeira de capitão em cinco copas. O objetivo do técnico Osorio era deixar sua seleção ainda mais agressiva.

Mas foi o Brasil que avançou primeiro. Logo aos 2 minutos, Coutinho, ao seu melhor estilo, invadiu a área e, sozinho, soltou a bomba. Ochoa fez outra grande defesa. O gol brasileiro já se desenhava, quando aos 5, Neymar balançou a rede. William fez o cruzamento rasteiro e Neymar, de carrinho, mandou a bola dentro do gol de Uchoa. Depois, pediu silêncio à barulhenta torcida mexicana.

O Brasil cresceu na partida e sufocou o México. Aos 13, Fagner recebeu bom passe na ponta direita e cruzou. Paulinho, livre, chutou para uma bela defesa de Ochoa. Em seguida ao lance, Casemiro foi advertido com cartão amarelo e está suspenso.

Só dava Brasil no ataque. Aos 17, o veloz Willian, responsável pela criação de todas as jogadas de ataque,  correu para a área e soltou a bomba. Ele só não faz o segundo porque o goleiro mexicano não deixou.  

Aos 23, de novo William comandou o contra-ataque. Ele tocou para Neymar, que chutou no cantinho, mas a bola foi desviada para a linha de fundo.

Numa jogada suja, aos 16  Neymar, que estava sendo caçado em campo e foi escolhido o nome do jogo pela Fifa, foi pisado por Layún no tornozelo direito. O árbitro italiano nem quis ouvir o VAR e deixou barato para o México.  

Os mexicanos se perderam e passaram a abusar das faltas. O Brasil, muito melhor em campo, dominava as ações na defesa e seguia veloz nos contra-ataques.

O jogo se encaminhava para os 40 minutos e o México buscava o empate, mas a defesa brasileira estava atenta. Na primeira participação no jogo, Firmino tirou de cabeça o escanteio cobrado para a área brasileira, aos 41.

E foi o próprio Firmino que selou a vitória brasileira. Aos 42 minutos, Fernandinho arrancou com velocidade do campo de ataque e deu grande bola para Neymar. O camisa 10 invadiu a área, deu um toque na bola, Ochoa desviou, e Firmino surgiu para mandar para o fundo do gol de Ochoa. Depois, foi segurar o México e comemorar a importante vitória.

Brasil: Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda; Filipe Luís, Casemiro,  Paulinho (Fernadinho), Philippe Coutinho, (Firmino), William (Marquinhos), Gabriel Jesus e Neymar.

México:  Ochoa, Edson Álvarez (J.Dos Santos), Ayala, Salcedo; Gallardo, Rafa Márquez (Layún), Herrera; Guardado, Vela, Chicharito (Raúl Jiménez) e Lozano.

Juiz: Gianluca Rocchi (Itália)

Cartão amarelo: Álvarez, Filipe Luís, Herrera, Casemiro, Salcedo, Guardado