Chegamos à penúltima semana do ano com uma sensação de que o ano se arrasta e entende-se para além da nossa capacidade de suportar mais do que se desenhou 2017.
Estamos em um ambiente em que cada vez mais nos percebemos como meros e meras coadjuvantes na vida diária do país.
Às vezes nos parecemos mais com reles figurantes sem direito algum há uma participação "de verdade" na cena brasileira.
A elite brasileira beneficia seus pares e o resto não importa. Enquanto vamos mantendo um número indecentemente alto do encarceramento de jovens negros, pobres e pouco escolarizados, assistimos à celeridade e seletividade do sistema judiciário na aplicação das leis para seus iguais.
Tais recorrências nos faz perceber o estrago que o racismo e o preconceito contra as classes populares podem produzir.
Daqui, seguimos esperançosos, sim. Por mais que seja difícil, devemos nos exortar à esperança, porque ela nos levará à perseverança e a luta por uma sociedade melhor e mais justa, e aguardando com ansiedade e cautela o 2018, que logo logo está por aí.
* Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel