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Dois best-sellers que viraram séries

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Atualmente, por conta da demanda por material inédito para preencher os diversos slots das dezenas de serviços de streaming, estão comprando e filmando livros que mal acabaram de ser publicados. É o caso dos best-sellers ‘Little fires everywhere’ (2017), de Celeste Ng, que virou série da Amazon (dez episódios); ou ‘Normal people’ (2018), de Sally Rooney, uma parceria da BBC Three com o Hulu, que chegou ao Brasil através do StarzPlay, com doze episódios.

Mas, fora o fato de os dois livros terem sido escritos por mulheres, as séries são bastante diferentes. Uma (‘Little fires...’), se passa num subúrbio de classe média americano, e mostra a relação de amor e ódio entre uma rica mãe de três filhos (Reese Whiterspoon) e uma artista plástica e mãe solteira (Kerry Washington), que vai trabalhar na casa da primeira. Já ‘Normal people’ aborda a vida de dois jovens amigos que se tornam amantes desde os tempos em que estão no colégio, no interior da Irlanda, até a faculdade, em Dublin. Acompanhamos o crescimento pessoal e emocional deles.

Particularmente, curti mais ‘Normal people’. Pela leveza com que aborda a relação (namoro ou amizade?) entre a frágil Marianne (Daisy Edgar-Jones) e o atlético Connell (Paul Mescal). Os dois têm um crush um pelo outro desde cedo. Mas ela é fechada; ele, tímido. Com o tempo, se tornam amantes (ela perde a virgindade com ele), sem nunca assumirem o namoro. Talvez por uma certa ‘vergonha’ da parte dele (filho da faxineira da casa dela). E, ambos seguem assim por vários anos, se reencontrando para transar (as cenas são lindas e bastante íntimas). Não tem aquele viés moralista de produções americanas.

Já ‘Little fires...’ é um novelão, com todos os clichês e assuntos ‘lacradores’ atuais. Mas a gente assiste com raiva (haha) só pra ver onde vai dar. Graças ao ótimo trabalho das atrizes principais, que também são as produtoras. Reese, cada vez melhor em seus papéis fora do cinema (está também em ‘The Morning Show’, da AppleTV+, e ‘Big little lies’, do HBO), como a dondoca control freak; e Kerry, bem irritante, como a alternativa que se acha melhor do que os outros, só porque é ‘artista’. Mas o ponto principal é a maternidade em seus diversos aspectos. Nisso, a série manda bem.

R.U.G.I.D.O.S

*O CCBB apresenta a sua primeira mostra de filmes totalmente on-line, a 2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo, que acontece de 29 de julho a 23 de agosto de 2020, no site www.cinemaegipcio.com. Os ingressos são gratuitos. Ótima iniciativa.

*Starzplay, o serviço de streaming internacional da Starz, anunciou que a segunda temporada do drama histórico ‘Das Boot’ estará disponível no dia 20 de agosto, na França e na América Latina.

*A primeira plataforma brasileira dedicada a shows, a ShowIn, tem seu lançamento previsto para o dia primeiro de agosto. A Showin.tv terá apresentações ao vivo com venda de ingressos. Assim vai, ao mesmo tempo, remunerar quem vive de arte e de direitos autorais e oferecer opções para todos.

*O filme cristão brasileiro “Quando o Sol se Põe” fará parte do catálogo da Netflix a partir do mês de julho. O filme foi lançado em abril em várias plataformas digitais, como Vivo Play, Google Play e YouTube.

* O Coala Festival, pela primeira vez após seis anos, sai do Memorial da América Latina para uma edição virtual: dia 12 de setembro, no YouTube.