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Dois mundos bizarros: o dos criadores de tigres e o dos judeus ortodoxos

Divulgação/Netflix -
A máfia dos tigres mostra um bando de gente asquerosa, que controla o tráfico de felinos
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Macaque in the trees
A máfia dos tigres mostra um bando de gente asquerosa, que controla o tráfico de felinos (Foto: Divulgação/Netflix)

Netflix está com dois programas que valem a pena em seu catálogo: a maravilhosamente bizarra série documental ‘Tiger King’ (‘A máfia dos tigres’) e a minissérie baseada em fatos reais ‘Unorthodox’ (‘Nada ortodoxa’).

‘A máfia dos tigres’ (sete episódios) é um misto de reality show, documento verdade e caso policial. Mostra um bando de gente asquerosa que controla o tráfico de felinos de grande porte, seja através de vendas ou de exibição em parques, nos EUA. Em lados opostos de uma briga estão o gay e subceleb Joe Exotic e seu nêmesis, a aparentemente ‘boazinha’ Carole Baskin, que é contra o que Joe faz.

No meio deles, uma malha de gente estupida, imbecil, violenta, sem escrúpulos. O suprassumo do red neck americano, em toda a sua glória de excessos, armas e dinheiro. E, por trás de tudo, um crime não solucionado: o primeiro marido de Carole, um milionário, sumiu sem deixar rastros, há alguns anos. Por conta da repercussão da série, o caso está sendo reaberto. A propósito, existe hoje mais Tigres de Begala nos EUA, do que em seu habitat natural, na Índia!

Depois de descobrir este mundo à parte dentro do nosso, vale a pena conhecer outro tão estranho quanto: o dos judeus ortodoxos extremos que habitam o Brooklyn/NYC. Este, é o universo abordado em ‘Nada ortodoxa’ (apenas quatro episódios, dá pra ver como um filme longo). É baseado em livro, de Deborah Feldman, que resolveu fugir de sua comunidade hassídica, e ir viver livre, em Berlim. Através dos olhos da personagem Esty (a excelente atriz Shira Haas, de ‘Shtisel’, também Netflix), vemos a rotina de uma judia  família ortodoxa, onde as mulheres servem apenas para casar e procriar (sequer têm educação básica) e não podem nem escolher o marido.

Esty nunca se adaptou, e tendo cidadania alemã (por parte de mãe, outra que largou esse mundo paralelo), fogiu para Berlim, onde se encontra como pessoa (tem apenas 19 anos) e mulher. E vê que o mundo é muito mais bacana e diverso do que as casas escuras e a vida fechada da comunidade de Williamsburg - onde se concentra o maior grupo de ultra-ortodoxos nos EUA – deixa ver. Ambas as séries são do tipo para ‘maratonar’. Porque, tão logo você começa a vê-las, não consegue mais parar.

R.U.G.I.D.O.S

* A plataforma de streaming Filme Filme anuncia oportunidade para novos cineastas: o serviço contará também com “Curtas-Metragens”, aberta a jovens realizadores que desejam ter suas produções exibidas. As inscrições estarão abertas até dia 30 de abril, através do e-mail: [email protected]. Os curtas devem ser enviados no formato mp4, com ficha técnica, sinopse, um cartaz e ter entre 3 e 30 minutos.

*Neste dia 18, a partir das 16h, acontece o festival de música online 'One World: Together At Home', que será exibido na TV aberta (Globo), assinatura (Multishow) e digital (GloboPlay). O evento, uma iniciativa da ONG 'Global Citizen' em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem curadoria da cantora Lady Gaga e vai reunir artistas da música, comediantes stand-up e especialistas em saúde.

*Para ajudar a manter o equilíbrio no isolamento, o Festival Estar Bem (@festivalestarbem) chega pelo Instagram e Facebook nos dias 18 e 19 de abril (sábado e domingo), das 12h às 18h. Vídeos e dicas com práticas de saúde e bem-estar para fazer em casa, para ajudar a cuidar da saúde física e mental neste momento de quarentena. O Festival conta ainda com teatro, música (com lives das cantoras Delia Fischer, Tuca Mei, Gabi Doti e Pilar) e literatura.