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A boa volta do Homem Invisível

Cotação: 3 estrelas

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Recentemente, a Universal Pictures falhou, fragorosamente, ao tentar fazer de sua linha de Universal Monsters (Dracula, Lobisomen, A Múmia, O Homem Invisível etc) uma série de sucesso, na linha de outras, como a dos quadrinhos Marvel e DC, as diversas marcas de êxito da Disney (Star Wars, Pixar) e tantas mais, que vem dominando as bilheterias de cinema nos últimos tempos. O começo foi discreto, com um filme OK, que contava as origens da Drácula (‘Dracula untold’/’Drácula: a história nunca contada’, 2014). Depois, cheia de pompa, com direito a criação oficial do Dark Universe, veio ‘A múmia’ (2017), que naufragou. O problema? Parecia mais um filme ‘Missão: impossível’, com Tom Cruise e tudo, fazendo suas acrobacias. Não é tão ruim. Mas, Cruise, neste caso, mais atrapalhava do que ajudava. Má escolha.

Agora, sem grandes nomes no elenco, e mais discreto, chega o novo ‘O Homem Invisível’ (que, no Dark Universe, seria feito por Johnny Depp), de Leigh Whannell, o australiano que criou as séries ‘Jogos mortais’ (‘Saw’) e ‘Sobrenatural’ (‘Insidious’). Desta vez, optou-se por uma atualização da ideia concebida por H.G. Wells em tempos vitorianos. O homem invisível, agora vive na São Francisco contemporânea e, é Adrian Griffin, um bilionário do Vale do Silício. E, a trama é contada do ponto de vista de sua mulher, Cecilia Kass (Elisabeth Moss, de ‘The handmaid´s tale’), que vive com ele uma relação tóxica, da qual tenta escapar. Com a aparente morte de Adrian, uma traumatizada Cecilia tenta recomeçar a vida. contudo, passa a ser assombrada pela presença invisível de Adrian. É dada como louca. E internada.

Aí, começa uma trama nova e original, que traz a invisibilidade para o palpável (não se trata de nada sobrenatural, nem acidental), que, às vezes, lembra ‘Hollow man’ (‘O homem sem sombra’, 2000). A atual, é mais séria e tensa. Whannell não cai em armadilhas fáceis, o roteiro é bem amarrado. Mas, traz aqui e ali os comentários atuais sociais. Para ficar melhor, só se fosse um pouquinho mais curto.

No entanto, nada disso torna ‘O homem invisível menos interessante ou ‘lacrador’. É um filme sério, que aproveita para dar um toque contemporâneo, sem perder o suspense.

RUGIDOS:

*O premiado “Bixa Travesty”, estreia no Canal Brasil, dia 29, às 23h10. Dirigido por Kiko Goifman e Claudia Priscilla, o documentário é protagonizado por Linn da Quebrada, cantora e ativista trans, que faz de sua arte, e da própria vida, um ato político e libertário.

* Em 2020, o cinema comemora 125 anos de sua primeira sessão pública, feita pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. No dia histórico de 28 de dezembro de 1895 foram exibidos alguns filmes que se tornariam célebres - como Refeição do Bebê (Repas de bebé) e Saída da fábrica (Sortie d’usine). Esses dois títulos estão entre os destaques da mostra Lumière Cineasta, no CCBB Rio de Janeiro, de 11 de março a 6 de abril.

* A HBO anuncia a estreia de três coproduções brasileiras ao longo do mês de março: as séries documentais EM NOME DOS PAIS e ELAS NO SINGULAR, respectivamente nos dias 4, às 20h, e 17, às 23h, no canal HBO Mundi, e o longa O OLHO E A FACA, no dia 7, às 22h, no canal HBO.

*É Tudo Verdade 2020: De 26 de março a 05 de abril, em São Paulo; e de 30 e 31 de março a 05 de abril no Rio de Janeiro, o 25º É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentário exibirá nas telas o melhor do cinema não-ficcional brasileiro e internacional. Em diversos pontos das cidades.