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Dolittle fez pequeno nos cinemas

Divulgação -
Dolittle
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Certa vez, um grande produtor de Hollywood disse que nomes estelares no elenco de um filme não são garantia de bilheteria. Não há garantia de nada. Isso pode ser aplicado a ‘Dolittle’, que está estreando no Brasil após uma fraca carreira nos Estados Unidos. O filme, estimado em cerca de $200 milhões de dólares, até agora, mal pagou seus custos. Isso tendo Robert Downey Jr (que acabou de sair da armadura de Tony Stark/Homem de Ferro, nos filmes da Marvel), que deve ter comido pelo menos um terço do orçamento com o cachê.

Macaque in the trees
Dolittle (Foto: Divulgação)

Outro expert em cinema, certa vez, comentou que deve-se evitar filmar com crianças e animais. Raramente dá certo (crianças e animais são imprevisíveis e arriscados). Isso também se aplica, em parte, a ‘Dolittle’ (quarta adaptação da história do médico inglês que falava com animais). Em parte porque os bichos que contracenam com Downey Jr são, todos, animais criados em CGI (animação digital por computador). Mas, no fim, não deu certo. RDJR parece estar (como está, realmente) atuando pro nada, no piloto automático.

O problema do filme nem é ser quase todo composto de efeitos especiais (crianças menores de dez anos, vão curtir). É que a sua trama, que envolve uma viagem para uma ilha misteriosa (após o doutor se recuperar de uma temporada recluso, depois da morte de sua esposa), não se decide se é uma comédia, um filme de fantasia ou aventura. Nota-se que ele foi bastante mexido e editado. E foi mesmo. Após reações ruins em exibições-teste, teve filmagens adicionais e o roteiro alterado.

Voltando ao elenco, além de Downey Jr, Antonio Banderas, Michael Sheen, Jim Broadbent e Jessie Buckley, em carne-e-osso, o filme ainda conta com um cast vocal (as vozes do animais digitais) incrível: Emma Thompson, Rami Malek (o Freddie Mercury, do ‘filme do Queen’), Octavia Spencer, Tom Holland (o novo Homem-Aranha) e Ralph Fiennes, entre outros. E os efeitos especiais são realmente bons.

Mas, trama que é bom (quase) não tem. A historinha animada que o abre (mostrando a vida do doutor com sua falecida esposa) parece que daria um filme muito mais promissor do que o que chegou aos cinemas. Uma pena.

RUGIDOS:

* Esta semana, a HBO iniciou as filmagens de ‘Os Esquecidos’, uma série inédita de suspense e mistério. Com locações em São Paulo, Paranapiacaba e outras cidades do interior paulista, as gravações levarão quatro meses. No elenco estão Caroline Abras, Daniel Rocha, Silvero Pereira, James Turpin e Osvaldo Mil.

* StarzPlay, o serviço de streaming premium da Starz, anunciou que é a nova casa do universo “Power”, em 49 dos países em que a empresa atua, incluindo o Brasil. Os spin-offs começam com o já anunciado “Power Book II: Ghost”, e continuam com mais três capítulos distintos, após o fim da série “Power” nos Estados Unidos, na semana passada.

* Depois de muito sucesso no CCBB/RJ, a mostra ‘Anime: O Fantástico Mundo das Animações Japonesas’ chega ao Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, de 12 a 24 de fevereiro, com exibição de filmes e debates gratuitos.

*Para quem for maratonar séries durante o Carnaval, e assina o serviço Prime Video, da Amazon, esta coluna recomenda as séries originais: “Fleabag” (apenas duas temporadas) e “The Boys” (a segunda, chega em breve). Diferentes e bastante interessantes.