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Meu nome é Daniel: realista e sem coitadismo

Divulgação -
Meu nome é Daniel
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- Coitadinho é o c*#$%!

Daniel Gonçalves, disse isso, ainda menino, quando alguém, na plateia da apresentação do teatro da escola, comentou, ao vê-lo. Só porque ele aparentava ter algum tipo de deficiência.

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Meu nome é Daniel (Foto: Divulgação)

Apesar de, até hoje, oficialmente, Daniel não saber o que realmente tem (parece um tipo de paralisia cerebral, mas os exames não atestam isso de fato), o menino, agora um homem de 35 anos, seguiu sua vida, normalmente, sem pensar muito no assunto. Ele sabia que era diferente dos outros. Mas isso nunca o impediu de fazer as coisas. Como vemos no documentário ‘Meu nome é Daniel’, que o próprio editou e dirigiu.

Exibido recentemente no festival Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, que vai até dia 9 de dezembro, no CCBB/SP - depois de ter passado pela edição do Rio de Janeiro -, a produção, que retrata a sua vida, já recebeu vários prêmios, entre eles: o de melhor filme na Mostra de Cinema de Tiradentes 2019 e na Mostra de Cinema de Gostoso 2018; e menção honrosa no Festival do Rio 2018. Com carreira internacional, também competiu no Los Angeles Brazilian Film Festival 2019.

“Essa produção tem o objetivo de fazer o espectador pensar e tirar o portador de deficiência do estereótipo de vítima ou super-herói em que ele é comumente retratado, quando representado. Minha intenção é mostrar que a deficiência é uma das minhas características e não algo que me defina”, diz Daniel Gonçalves.

Daniel nasceu com essa deficiência que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Neste documentário pessoal, ele narra a trajetória da sua vida para tentar entender sua condição. Por meio de imagens de arquivo da família e imagens recentes (documentadas em super-8 e VHS, que cobre desde seus tempos de bebê), acompanhamos sua história e suas reflexões.

Ganhador da Menção Honrosa na edição 2019 do Assim Vivemos, “Meu nome é Daniel”, já está disponível no Now. E, está também no Movie Reading Brasil, um aplicativo disponível para sistemas Android e IOS, que conta com audiodescrição, legendas descritivas e libras, para que todos possam assistir ao filme.

O próximo doc de Daniel, falará das experiências sexuais entre os deficientes. Ele mesmo, tem uma namorada, não deficiente. Ou seja, de coitadinho, não tem nada. Bravo!

RUGIDOS

*A Netflix lançou o novo especial de Natal do grupo de humor Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo, que está disponível na plataforma de streaming a partir do dia 3 de dezembro, em todo o mundo.

*Com direção de Samir Abujamra e protagonizada por Stella Miranda, estreou no Canal Brasil, a série de ficção “Stella Models”. No elenco também estão Tonico Pereira, Leandro Firmino e Anna Markun, entre outros. A produção acompanha o dia a dia de uma agência de prostituição de Copacabana.

*A terceira temporada de ‘A maravilhosa Ms. Maisel’ acaba de estrear no Amazon Prime Video, que traz também, este mês, os filmes ‘John Wick 3’, ‘Vingadores: ultimato’ e o inédito ‘Aeronautas’, com Felicity Jones e Eddie Redmayne, dia 20 de dezembro.

*O Canal Brasil disponibiliza para aluguel em VOD no Net Now, Oi Play e Vivo Play, sucessos recentes do cinema brasileiro. Como o terror “Morto Não Fala”, de Dennison Ramalho; “Legalidade”, de Zeca Brito, que narra a trajetória do movimento Legalidade, liderado por Leonel Brizola; e o documentário “Diz a Ela Que Me Viu Chorar”, de Maíra Bühler, que acompanha a rotina de dependentes de crack confinados em um prédio no centro de São Paulo. Todos já estão disponíveis.