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Netflix: do streaming para as telas

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Foi anunciado esta semana que, o novo filme de Martin Scorsese, ‘The irishman’, irá abrir o festival de cinema de Nova York. Ele conta no elenco com nomes de peso, como Robert DeNiro, Joe Pesci e Harvey Keitel, mais uma vez juntos, num filme do diretor. O diferencial deste, para outros de Scorsese, é que é uma superprodução bancada pela Netflix que, nos últimos anos, lançou outras grandes obras como o aclamado ‘Roma’, de Alfonso Cuarón, que concorreu ao Oscar de 2019.

O diferencial, entre os filmes originais Netflix, é que, em geral, vão direto para o serviço de streaming. Como os sci-fi ‘Birdbox’ (com Sandra Bullock) e ‘Annihilation’ (com Natalie Portman, este, teve breve carreira nos cinemas americanos por acordo com a Paramount), o filme de ação ‘Triple frontier/Operação Fronteira’ (com elenco estelar, encabeçado por Ben Affleck), além de dramas, comédias, documentários e especiais, quase todos com boa produção e nomes conhecidos.

Por conta de acordos de distribuição, alguns filmes são exibidos primeiro nos cinemas, em determinados países/territórios, antes de chegar ao streaming de certas regiões. Outros, são parcerias entre grandes estúdios e a Netflix. Foi o caso do recente filme dos irmãos Coen, a comédia de faroeste ‘A balada de Buster Scruggs’; e do ambicioso filme de Andy Serkis, ‘Mowgli’ (‘Mogli: entre dois mundos’), produções que poderiam não ter boa carreira nos cinemas, apesar de suas qualidades, e que foram ‘adotadas’ pela Netflix.

Casos recentes, de filmes que chegaram antes aos cinemas do Brasil, são a dramédia juvenil ‘Booksmart/Fora de série’, que acabou de sair de cartaz (nos EUA, cinemas e, depois, Netflix); e também de ‘Extremely wicked, shockingly evil and vile’, que, aqui, foi batizado ‘Ted Bundy: a irresistível face do mal’, que entrou em cartaz na semana passada, e traz o galã Zac Effron no papel do notório assassino em série americano Ted Bundy, que, tinha facilidade em atrair suas vítimas - todas mulheres -, devido a seu charme e aparência. Este, teve distribuição da Netflix nos cinemas de alguns países. Em breve, na plataforma.

Recentemente, Netflix também serviu de plataforma de lançamento para o novo álbum solo de Thom Yorke, o vocalista da banda inglesa Radiohead. O britânico Yorke, em parceria com o cultuado cineasta americano Paul Thomas Anderson (de ‘Trama fantasma’), lançou o curta musical ‘Anima’ (também nome de seu disco), que, em cerca de 15 minutos, apresenta algumas músicas do trabalho (com coreografias de Damien Jalet), com locações na França e em Praga, na República Tcheca, com cenas que parecem saídas de um sonho.

E, continuando na música - e voltando ao Scorsese, lá do começo -, recentemente a plataforma de streaming lançou o último documentário musical do diretor americano, ‘Rolling thunder revue: a Bob Dylan story by Martin Scorsese’, que conta a lendária (e ousada) turnê que o bardo do folk empreendeu, em 1975, e redefiniu a sua carreira.

É com material de qualidade assim, que a assinatura da Netflix se faz valer.

RUGIDOS:

*A primeira temporada de ‘Pico da neblina’, nova produção brasileira original da HBO Latin America, estreia dia 4 de agosto, às 21h, no canal HBO e na HBO GO. A série, que se passa em uma São Paulo ficcional, onde a maconha foi legalizada, terá dez episódios com uma hora de duração cada. Além de toda a América Latina e Caribe, a produção também vai ao ar nos Estados Unidos e parte da Europa.

*“A Linha”, experiência narrativa e interativa em realidade virtual, estreará mundialmente no 76º Festival Internacional de Cinema de Veneza. Com a voz do ator Rodrigo Santoro, “A Linha” convida o público para uma imersão na São Paulo da década de 40, onde compartilharemos a história de Rosa e Pedro, dois bonecos de maquete, que devem lidar com a rotina e o medo da mudança. Dura 13 minutos.

*Com produção da Coqueirão Pictures, o documentário “Hermeto – Correspondências” será produzido e exibido pelo canal Curta! O documentário é um dos 14 projetos que serão viabilizados pelo canal Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Liberados pela modalidade Fluxo Contínuo Produção para TV 2018, que totalizam R$7,6 milhões.

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