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Phoebe Waller-Bridges: que revelação!

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A gente fala muito aqui das séries e programas e, por vezes, não damos a devida atenção ou crédito aos seus criadores. Muitas vezes, é por falta de alguma coisa que chame a atenção mesmo. Nem sempre aparece alguém que se destaque na multidão, como o Ricky Gervais (‘The office’, ‘Extras’, atualmente com ‘Afterlife’, na Netflix) ou Lena Dunham (‘Girls’, do HBO).

Mas, quando aparece, merece todos os créditos e divulgação. Como é o caso da inglesa Phoebe Waller-Bridge, 33. Seu nome, me chamou a atenção, a princípio, enquanto assistia a primeira temporada de ‘Killing Eve’ (da BBC America, aqui via GloboPlay). Pensava: ‘Quem é a roteirista dessa maravilha?’. Apesar de ‘Killing Eve’ ser adaptada de uma série de livros chamada ‘Villanelle’, de Luke Jennings, Phoebe deu um molho todo especial à trama de espionagem, com um lado psicosexual forte e bem-humorado, que logo prende o espectador.

Mas, a atriz e dramaturga não começou aí. Depois de pequenas aparições em filmes (alguns, curtas) e séries de TV, ainda no final da década passada, atuando, Waller-Bridge começou a chamar a atenção quando, em 2016, criou, escreveu e atuou na série de TV ‘Crashing’ (apenas seis episódios, como é muito comum em series britânicas), ‘dramédia’ exibida pelo Channel 4. A série envolvia seis personagens, na casa dos 20 e tantos, que viviam juntos. Waller-Bridge fazia Lulu.

No mesmo ano de 2016, ela fez ‘Fleabag’ (adaptada de uma peça que ela encenou, solo, no festival de Edinburgh, na Escócia), para a BBC Two, outra ‘dramédia’. Desta vez, acompanhamos a vida de uma solteira (a Fleabag do título) que vive em Londres. Ela é, ao mesmo tempo, doce, raivosa, louca por sexo, confusa e inconveniente. A personagem fala o tempo todo conosco, o telespectador, quebrando a tal da ‘quarta parede’.

Foi um estouro. ‘Fleabag’ ganhou uma batelada de prêmios, teve uma segunda (e última) temporada, produzida este ano (já encerrada), foi adaptada para a TV francesa com o nome ‘Mouche’ (mosca) e, com o sucesso atual de ‘Killing Eve’, ‘Fleabag’ foi comprada para exibição nos EUA pela Amazon.

Para coroar a série de êxitos, também por conta de ‘Killing Eve’ (que já foi tema desta coluna há alguns meses), Waller-Bridge foi convidada para ser uma das co-roteiristas do novo James Bond, o agente 007 (conhecido até o momento como ‘Bond 25’), junto com Neal Purvis e Robert Wade, para dar ‘uma polida’ no texto. De quebra, a HBO encomendou a ela uma nova série, ‘Run’, ainda em pré-produção, que terá Dommhall Gleeson (dos recentes filmes da saga ‘Star wars’) no papel principal.

Nada mal para alguém que, até há uns dois anos, era apenas uma ilustre desconhecida.

*’Killing Eve’ voltará para uma terceira temporada, em abril de 2020, pela BBC.

RUGIDOS:

*Começaram, esta semana, as gravações da nova série original brasileira da HBO, que tem o título provisório ‘TodXs’. Ambientada em São Paulo, a produção será protagonizada por Clara Gallo no papel de Rafa, jovem de 18 anos, pansexual e de gênero não-binário, que decide deixar a vida e a família no interior e mudar-se para a capital. Sem data de estreia.

*Outra produção nacional com giro internacional é ‘Sintonia’, série original Netflix idealizada por Kondzilla e produzida pela LosBragas, que estreia globalmente este ano. Serão seis episódios de 40 minutos, cada.

*O HBO estreou a oitava temporada de documentários, esta semana, com a exibição do longa ‘Qual é o meu nome: Muhammad Ali’. A trama, contada por meio de gravações, exibe um retrato íntimo do homem que foi visto como uma esperança para pessoas oprimidas no mundo inteiro. A direção é de Antoine Fuqua.

*Nicole Puzzi retorna às telas do Canal Brasil para comandar a sexta temporada de “Pornolândia”. A nova leva de 26 episódios chegou à Faixa da Meia-Noite na quarta, dia 19 – e os primeiros cinco episódios estão disponíveis no Canal Brasil Play desde o dia 17.

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