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Serial killers com pinta de galãs

Divulgação -
"Conversando com um serial killer: Ted Bundy" já está no menu da Netflix
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Há 30 anos, em 24 de janeiro de 1989, o mais notório assassino em série americano, Ted Bundy foi executado na cadeira elétrica, na Flórida, após dez anos no corredor da morte. Bundy foi o primeiro e mais infame serial killer - desde que este termo passou a ser usado e este tipo de crime tornou-se comum nos EUA - e virou uma espécie de celebridade do crime.

Sua trajetória está (bem) contada num documentário que acaba de entrar no menu do Netflix, "Conversando com um serial killer: Ted Bundy" ("Conversations with a killer: the Ted Bundy tapes"), no qual, a partir de imagens de época e, sobretudo, de conversas gravadas em várias fitas cassete - que Bundy teve com um jornalista - o perfil deste psicopata, que matou mais de 30 mulheres entre os anos de 1973 e 78, é traçado, minuciosamente, em quatro partes. Às vezes, o ritmo é um pouco monótono. Mas vale a pena conhecer o tipo, que tinha pinta de galã, fugiu duas vezes de prisões e chegou até a se casar no corredor da morte (deixou uma filha, como legado), em 1980.

Há um estranho fascínio sobre serial killers. Sobretudo, nos Estados Unidos, onde o termo foi cunhado, nos anos 1970, para definir um novo tipo de criminoso que não matava uma vez apenas, mas repetidas vezes, criando um padrão. Na época, a polícia e até mesmo o FBI demoraram a perceber esse método. Por isso, levou anos até que se entendesse que era uma mesma pessoa que estava por trás de tudo.

Foi o que aconteceu com Bundy. Ele começou sua série de assassinatos na Costa Oeste, na área de Seattle, depois foi mais para o Meio-Oeste, até chegar à Costa Leste do país, na Flórida, onde teve a sua cota final de crimes. Só neste ponto, já se sabia que era um único criminoso, a mesma pessoa. E Bundy, além de galante (por isso, atraía as mulheres com certa facilidade) também era astuto e inteligente. Mas, no fim, esse tipo de gente, é pego por se achar mais esperto do que todos. E acaba vacilando.

Além deste documentário, Bundy (que até virou o nome da família da série "Married... with children/Um amor de família") também é o foco do filme "Extremely wicked, shockingly evil and vile", que causou furor em exibição recente no Festival de Sundance. Quem interpreta Bundy neste é o ex-galã juvenil Zac Effron (de 'High school musical'), que vem sendo bastante elogiado pelo papel. O filme ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.

Outro assassino sequencial galã foi o foco da mais recente temporada de "American crime story: Versace", do FX (exibido aqui, ano passado, pelo canal; e, no momento, também no catálogo Netflix): Andrew Cunanan, o responsável pela morte do estilista Gianni Versace, em 1997, em Miami Beach.

Até chegar lá, Cunanan, um cara bem-educado e bem-apessoado (e que já conhecia o italiano de encontros em clubes gays), deixou um rastro de mortes pelo caminho, entre desconhecidos e namorados. O ator que interpreta Cunanan, Darren Criss (da série musical de TV "Glee") ganhou Globo de Ouro e Primetime Emmy pelo papel. Ele realmente impressiona.

As aparências, enganam...

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"Conversando com um serial killer: Ted Bundy" (Foto: Divulgação/Netflix)

Rugidos

Estreia dia 8 de fevereiro, às 23h, a série inédita e exclusiva do canal Curta!: "1968: O despertar". Ela enfoca os acontecimentos históricos que abalaram o mundo no ano de 1968 e suas correlações com os dias atuais.

Um dos mais importantes festivais de música do Brasil, o Porão do Rock (de Brasília) completou 20 anos. E virou livro: "Histórias do Porão". Será lançada dia 14/2, com a presença do autor, Pedro de Luna, e do produtor do evento, Gustavo Sá, no Smoke Lounge (Tijuca).

"Operação fronteira", longa com Ben Affleck, Oscar Isaac e Pedro Pascal, terá estreia mundial dia 15 de março, na Netflix.

Divulgação/Netflix - "Conversando com um serial killer: Ted Bundy"