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O Doutor está. E, agora, é uma mulher!

Divulgação -
Jodie Whittaker
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Fenômeno cultural no Reino Unidos, desde os anos 1960 (estreou na BBC em 1963, portanto, há 55 anos), a cult série televisiva de sci-fi “Doctor Who”, era conhecida de poucos por aqui até a década passada. Foi a partir de 2005, com a chegada do canal People+Arts (programado pela BBC), que ela passou a ser exibida no Brasil, já em sua vigésima temporada (com Christopher Eccleston, o nono doutor). E começou o seu culto também aqui.

Hoje em dia, é difícil você perguntar a alguém que curte séries de TV e sci-fi, se ela conhece “Doctor Who”, e a resposta não ser “sim”. Isso porque até uma turnê já aconteceu no Brasil e trouxe atores para conversar com os fãs. Antes disso, tudo o que tínhamos era um spin-off para cinema (exibido aqui nos anos 1980, na Rede Manchete), feito nos anos 1970. Estrelado pelo famoso ator de filmes de terror da Hammer, Peter Cushing (o eterno Dr. Van Helsing, dos filmes de Drácula) como o Doutor; que, de tantos em tantos anos, muda de ator (alguns, retornam) e, também, de idade.

Pois, agora, pela primeira vez, nestas cinco décadas (e 15 atores depois), o Doutor é uma ‘Doutora’. Ou melhor, encarnou no corpo de uma mulher. Como assim? É porque o personagem é um alienígena do planeta Gallifrey, que se desloca pelo espaço, através da Tardis (Time and Relative Dimensions in Space), que, por fora, tem a forma de uma cabine telefônica britânica antiga, para não chamar a atenção. Mas, por dentro, é um sofisticado veículo, onde o Doutor vive.

Macaque in the trees
Jodie Whittaker (Foto: Divulgação)

E por que agora uma mulher? Bem, o Doutor, que já teve 13 encarnações diferentes (sempre masculinas, uma delas, num especial, foi feita pelo falecido John Hurt), precisa trocar de corpo de tempos em tempos para se regenerar. Ele é um Time Lord (Senhor do Tempo) e, como desgasta muito fisicamente ser um, faz a transição, e se transforma total, inclusive de personalidade. Assim, para mudar um pouco de clima, e acompanhar os tempos atuais, finalmente, encarnou num corpo feminino (o da loura Jodie Whittaker, na foto). Em comum, apesar de idades e tipos diferentes, o Doutor é meio estabanado e sempre carrega um pouco do típico humor inglês em suas falas.

A finalidade do Doutor, viajando pelo espaço-tempo, é manter o universo protegido. Nessas décadas todas, já enfrentou todo o tipo de inimigos, sendo os mais famosos os Daleks, espécie de robôs inteligentes, e os Cybermen, que estão nas temporadas mais recentes.

Juntando todas as referências, o universo de “Doctor Who” já batizou bandas diversas (Dalek I love you, The Timelords), inspirou músicas (“Doctorin´ the tardis”), seu tema foi usado inúmeras vezes por outros (Gary Glitter, em seu clássico “rock´n´roll”), se tornando parte indelével da cultura pop britânica.

A fama atual do Doutor é tanta que a nova temporada teve seu primeiro episódio (“The woman who fell the Earth”) exibido em cinemas do mundo todo, domingo passado (inclusive, no Brasil). Antes, apenas na estreia da temporada que comemorava os 50 anos da série, isso tinha acontecido. Por ele, deu pra ver que, Whittaker, será uma boa Doutora. Já está disponível no Brasil, no site de streaming Crackle.

Rugidos

A rede americana Wal-Mart, dona do site de streaming Vudu, anunciou parceria com a MGM (Metro Goldwyn-Mayer) para produzir filmes e séries em conjunto. Começa em 2019.

*A EDN (Ellen Digital Network) anunciou a produção de várias novas séries e a renovação de “Momsplaining”, com a incansável Kristen Bell (“Veronica Mars”, “The good place”).