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A nossa árvore

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As inovações vindas do Vale do Silício não param de surpreender e alcançar novos espaços. Do “berço da tecnologia” vem a novidade que pode mudar a forma como lidamos com o nosso corpo e os dados provenientes dele: a 23andMe, empresa de testes de DNA apoiada pela Alphabet (proprietária do Google), anunciou uma avaliação de risco poligênico para diabetes – um número único que representa as chances de adquirir diabetes com base na idade, etnia e DNA.

A partir dessas informações, seria possível determinar se um usuário tem maior probabilidade “típica” ou “aumentada” de contrair diabetes em comparação a outros usuários no banco de dados. A empresa acredita que cerca de 22% (em torno de um milhão de clientes atuais) possam descobrir que têm grande chance de desenvolver diabetes em algum momento de suas vidas.

Mesmo que o projeto tenha viés revolucionário, os algoritmos que fazem os cálculos de risco poligênicos não são novos - eles foram precursores em meados dos anos 2000. O diferencial agora é a capacidade de derivá-los usando enormes bancos de dados genéticos.

Diante dessa grande coleta de informações pessoais, como fica a questão da privacidade? Atualmente, os dados compartilhados com empresas de testes genéticos, como a 23andMe, são privados. Entretanto, mantê-los anônimos e seguros está cada vez mais difícil.

Essas instituições retiram o nome do código genético antes que as informações sejam comercializadas para pesquisadores ou empresas farmacêuticas, mas essas medidas não são suficientes ante as diversas variantes possíveis.

Por exemplo, se um cliente fizer o download dos próprios dados genéticos, o arquivo não estará mais protegido por nenhuma medida de segurança da empresa. Outra questão, com a eventual ligação da empresa privada com a Alphabet, cogita-se sobre uma possível integração dos dados das contas Google com as informações oriundas dos traços de DNA e como e por quem esse cruzamento de dados poderia ser utilizado.

Especialistas em privacidade e bioeticistas acreditam que este seja um cenário delicado, uma vez que ainda não há proteção adequada. Seria necessário, no mínimo, que as plataformas criptografassem os dados genéticos a partir do momento em que são enviados até o seu destino.

Harvard

Em busca de uma experiência de alto impacto para empresas e profissionais do mercado, a iniciativa Harvard Business Review Brasil oferece uma imersão com especialistas nacionais e internacionais em inovação, liderança, cultura organizacional e estratégia.

São cinco dias dedicados para aqueles que criam, lideram e tem como motivador a transformação do mundo empresarial. Em 2019, serão 2 dias no Centro de Convenções FECOMERCIO SP e 2 dias na plataforma digital da HBR Brasil, entre os dias 8 e 11 de abril.

Os participantes terão contato com palestras business, labs de experiências, lounges para interação entre marcas e produtos, networking com pares de negócios e especialistas do mercado e lançamento de livros e encontro com autores.

Este ano participarei, no dia 9 de abril, como moderador da palestra: “Painel Blockchain: para além do setor financeiro”, ao lado Christian Aranha, CEO da rede de inovação Entropia, Rodrigo Caldas, advogado especialista em direito digital e startups pelo INSPER e fundador da Oxford Blockchain Foundation.

A HBR BRASIL é uma importante fonte de estudos de caso e possui um acervo expressivo de artigos produzidos por profissionais e pensadores globais, que geram insights que, potencialmente, orientam e conduzem as organizações e seus profissionais.

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coluna | jb | tecnologia