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O filtro solar que funciona e não agride o meio ambiente

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O filtro solar, que foi desenvolvido no passado para ser uma solução contra o envelhecimento e câncer de pele, deixou de ser algo saudável. Ele se tornou um agressor não só para as pessoas, mas também para o planeta. Alguns desses produtos perderam a sua credibilidade, sendo inclusive proibidos em certas ilhas do Pacífico, além de locais como Ilhas Virgens Americanas, Key West, Flórida e Havaí. As medidas propostas visam mudar a legislação já para 2020, especialmente para produtos contendo oxibenzona e octinoxate, químicos destrutivos para:

1. Meio ambiente: promove descoloração, danos genéticos e mortalidade aos corais.

2. Vida marinha: comprometimento neurológico, endócrino e reprodutivo em organismos marinhos, com feminização em baleias e peixes machos adultos, camarão, caranguejos, ouriços do mar etc.

3. Seres humanos: são facilmente absorvíveis pela pele humana, tendo sido encontrados no leite materno humano, líquido amniótico, sangue e urina, como ficou demonstrado em uma publicação do Journal of the American Medical Association, em 2019.

Porém, suas consequências ainda não são bem conhecidas para a saúde humana. Acredita-se que o oxibenzona cause alteração hormonal e lesão celular que pode provocar câncer. Ela age como se fosse estrógeno no seu corpo, alterando a produção de espermatozoides em homens e endometriose nas mulheres. Apresenta altas taxas de reação alérgica na pele. No caso do octinoxate, os estudos o ligam a danos ao DNA.

As medidas de proibição desses filtros solares têm causado preocupação à Academia Americana de Dermatologia, pelo aumento do risco de câncer de pele. Mas por outro lado, traz uma conscientização das consequências do uso dos filtros com oxibenzona e octinoxate que agridem o meio ambiente e a vida selvagem. Precisamos, portanto, ter a consciência de usarmos produtos que não tragam consequências desfavoráveis, optando por protetores que podem atender todas as necessidades.

Exposição consciente ao sol

É aconselhável a exposição diária ao sol, inicialmente sem proteção até que a sua pele fique rosada. Neste período, certamente você estimulará a produção de vitamina D. No caso da pele do seu rosto, por ser mais fina e mais propensa a rugas prematuras, deve-se protegê-la precocemente.

Após esse período, que varia de 20 a 40 minutos, caso deseje permanecer ao sol, é o momento de associar um protetor solar para evitar queimaduras e fotoenvelhecimento. Caso deseje permanecer ao ar livre por longos períodos, associe um chapéu, uma sombra natural ou esteja embaixo de guarda sol.

No caso de se usar filtro solar, o produto que aconselho é o óxido de zinco, pois não é absorvível pela pele e pode garantir proteção especialmente contra irradiação UVA. Para que o produto seja eficaz, ele deve ser aplicado em todas as áreas expostas do seu corpo. Cuide-se para que o verão seja saudável tanto para você quanto para o meio ambiente!

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Referências bibliográficas:

•CNN October 16, 2019

•Ocean Conservancy May 24, 2018

•American Academy of Dermatology Association May 4, 2018

•JAMA May 6, 2019

•Arch Environ Contam Toxicol (2016) 70:265–288

•JAMA. 2019;321(21):2082-2091.

•Químicos dos protetores solares já estão nos recifes de coral do Havaí – www.DrRondo.com

•Protetores solares podem aumentar o risco de doenças – www.DrRondo.com

•Como escolher o protetor solar ideal – www.DrRondo.com

•Entenda os rótulos dos protetores solares – www.DrRondo.com