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O vinho tinto e a saúde do seu cérebro

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O resveratrol é um antioxidante impressionante que é encontrado no vinho tinto. Trata-se de um flavonoide natural encontrado nas cascas de uva, cujo propósito é proteger a fruta de ameaças como o tempo frio, a radiação UV e ataques de micróbios. Além de suas qualidades antienvelhecimento, ele ajuda a prevenir doenças cardíacas ao aumentar o nível de colesterol, protege contra danos às artérias, pressão alta e estimula a produção de células-tronco adultas. Mas estas são só algumas das razões para usar o vinho tinto com moderação…

Pesquisas recentes demonstram que o resveratrol também tem o poder de melhorar a função cerebral, pois age no hipocampo, uma área importante do cérebro que é a sede de aprendizagem, memória e a sua força de pensamento. Estudos convincentes já demonstraram o impacto neuroprotetor do resveratrol. Pesquisas feitas no Reino Unido concluíram que a substância pode melhorar o fluxo sanguíneo no cérebro e incrementar a saúde cerebral.

Em outro estudo recente, os pesquisadores investigaram os efeitos de resveratrol na neuroplasticidade do hipocampo e no desempenho cognitivo em ratos. O objetivo era checar o efeito do resveratrol na sobrevida celular e na proliferação de neurônios do hipocampo. Observou-se que a substância, pelas suas propriedades de alongamento de telômero, promove tanto a sobrevida celular como a neurogênese no hipocampo, assim aumentando ambos os processos de aprendizagem e de memória. Telômeros são a parte distal do seu DNA. Quando você é jovem, os seus telômeros são longos. Mas, toda vez que uma célula se divide, eles ficam mais curtos.

Com o passar do tempo, seus telômeros tornam-se tão curtos que não conseguem proteger seu DNA tão bem, e a cada divisão celular formam novas células defeituosas. Com isso, você começa a desenvolver os sinais e as doenças do envelhecimento: há uma taxa de aumento de 300% no risco de morte por doença cardíaca e de cerca de 800 % mais mortes por doenças infecciosas. O resveratrol aumenta significantemente a atividade da telomerase, que “reconstrói” os seus telômeros, além de ter o mesmo impacto regenerador nos neurônios no seu hipocampo. Mas há um porém…

Nem todo vinho é rico em resveratrol

O nível de resveratrol é variável, dependendo do vinho. O vinho branco, por exemplo, contém muito pouco, porque não é feito com cascas de uva. A maior quantidade de resveratrol nos vinhos tintos está nos vinhos de regiões mais frias — como o norte da Califórnia, o Oregon e o estado de Washington, bem como nos vinhos tintos franceses da Borgonha, onde o clima é geralmente fresco e úmido.

Além disso, os melhores são os feitos com as uvas Pinot noir, que são uma das variedades mais difíceis de cultivar por serem muito sensíveis. Elas só prosperam em regiões onde é frio e molhado, mas são as mais ricas em resveratrol. Uma outra opção é o uso diário de suplementos com trans-resveratrol puro para a ativação da telomerase – e para coração e mente mais saudáveis. Mas, nesse caso, você deve conversar com seu médico. E lembre-se: embora o vinho tinto seja bom para sua saúde por causa do resveratrol, evite os excessos. Seja responsável e moderado, caso contrário, ao invés de benefícios, você pode se prejudicar. Supersaúde!

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Referências bibliográficas:

•American Journal of Clinical Nutrition March 31, 2010

•Journal of Neuroinflammation August 2010

•BMJ 2014;348

•Nature, Red wine ingredient makes yeast live longer, Helen R. Pilcher

•Neurology September 11, 2015

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