Reações alérgicas têm aumentado em crianças. As causas mais sérias são as chamadas anafilaxias (com risco de vida), causadas geralmente por medicamentos, alimentos e picadas de insetos. Há também as alergias sazonais, com menor gravidade, mas que comprometem a qualidade de vida e o desenvolvimento. Mas existem estratégias para reduzir os sintomas, como:
1. Animais de estimação
Pesquisadores descobriram que a incidência de alergias diminuiu com o número de animais de estimação na família. Numa casa aonde as crianças não tinham animais de estimação, houve aumento de 30% de risco de desenvolverem alergias, comparado a uma casa em que as crianças têm animais. Em outra publicação, realizada na Suécia, com mais de 1.200 crianças, ficou claro que as que vivem com gatos e cães são menos propensas a desenvolver alergias mais tarde na infância.
2. Consumo de mel de produção local
Uma pesquisa confirmou que aqueles que consumiam mel local experimentavam menos alergias do que os que comiam mel de qualquer origem. Houve redução de mais de 50% do uso de anti-histamínicos, além de menor manifestação de sintomas alérgicos graves. Além disso, quem consumia esse tipo de mel necessitava de menos medicação. Mas lembre-se que cada colher de chá de mel tem quase 4 g de frutose, sendo aconselhável usar com moderação.
3. Leite cru
Sempre se consumiu o leite cru. Porém, este deveria ser de vacas criadas a pasto sob condições mais higiênicas possíveis. Até a década de 1940, ambos os leites eram vendidos livremente. Foi quando se iniciou uma campanha organizada contra o leite cru certificado, influenciando negativamente o produto.
Uma pesquisa, feita pelo patologista certificado Dr. Ted Beals, mostra que você tem 35.000 vezes mais chances de adoecer com outros alimentos do que com leite cru. Obviamente, esse leite cru deve ser de vacas criadas a pasto, não confinadas, não recebendo antibióticos ou rações transgênicas. Um estudo feito na Suíça observou que crianças entre 6 e 12 anos que bebiam apenas leite cru apresentaram menor incidência de alergias e asma.
4. Manter uma boa ecologia intestinal
A quantidade de bactérias boas e ruins no intestino deve manter um equilíbrio que permita assimilação dos nutrientes, não cause inflamação silenciosa e nem reações inflamatórias na mucosa gastrointestinal. 85% dos receptores imunológicos estão no intestino, e se forem agredidos, além de comprometerem a saúde digestiva, aumentam o risco de reações alérgicas. Com a alimentação moderna, rica em alimentos refinados, industrializados, açúcar, frutose e grãos, altera-se a ecologia intestinal.
5. Alergia alimentar
Como a alimentação hoje contém muito conservante, preservativo, edulcorante, resíduos transgênicos, lectina de grãos, pesticidas e glúten, é fundamental um teste de alergia alimentar para reduzir os comprometimentos no desenvolvimento físico e mental da criança. Lembre-se que as manifestações de alergia alimentar nem sempre são fáceis de serem entendidas. Fique atento!
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Referências bibliográficas:
Asthma and Allergy Foundation of America, Allergy Facts and Figures
PLOS One, December 19, 2018
New York Times, December 19, 2018
International Archives of Allergy and Immunology, 2001;155(60)
Science History Institute, The Lingering Heat over Pasteurized Milk
Real Milk, December 17, 2012
The Journal of Allergy and Clinical Immunology, 2011;128(4):766
Journal of Investigative Medicine, 2011;59(6):881