ASSINE
search button

Itaú e Bradesco ainda prevêem alta do PIB no 2º trimestre

Compartilhar

Apesar de o IBC-Br, proxy mensal do PIB, que avançou 0,3% em junho e acumulou queda de 0,13% no 2º trimestre, configurar recessão técnica (queda em dois trimestres seguidos, pois houve retração de 0,2% no 1º trimestre, os dois maiores bancos privados do país, Itaú e Bradesco não estão confirmando a recessão técnica.

Eles apostam em resultados positivos no 2º trimestre. O tira-teima virá dia 29 de agosto, quando o IBGE, que faz o levantamento oficial das Contas Nacionais, divulgar o Produto Interno Bruto do 2º trimestre, com possível revisão de dados do 1º período.

O Departamento Econômico do Bradesco considerou o resultado do IBC-Br trimestral positivo (o mercado esperava 0,1% e o banco 0,0%) e, contrariando a tendência do IBC-Br, ainda prevê alta de 0,2% para o PIB no 2º trimestre.

Ao analisar o resultado do setor de serviços, divulgado sexta-feira pelo IBGE, o Bradesco lembrou que o setor, que representa 70% do PIB, “acumulou alta de 0,6% no ano e, nos últimos 12 meses, 0,7%. Esses resultados, somados a outros indicadores já divulgados, mantêm nossa expectativa de atividade econômica bastante moderada no 2º trimestre, com estimativa de crescimento de 0,2% no período”, diz o Bradesco no Boletim Diário de hoje.

PIB do Itaú mostra alta de 0,5% no trimestre

O Departamento Econômico do Itaú, seguindo a metodologia do IBGE, desenvolveu indicador próprio, o PIB mensal Itaú Unibanco. “O PM-Itaú recuou 0,7% em junho ante maio com ajuste sazonal. Na comparação trimestral, avançou 0,5%, em linha com a nossa projeção para o crescimento do PIB no mesmo período”, diz a nota econômica do Itaú.

Ao decompor o resultado do PIB, o Itaú assinala que “pela ótica da demanda, o consumo das famílias [que responde por quase 60% do PIB] declinou 0,3%, enquanto o investimento retrocedeu 0,2%”.

Mas o Depec Itaú não tem boas perspectivas para o trimestre atual, lembrando que “o carrego estatístico do PM-Itaú para o 3T19 está em -0,3%, o que gera um viés de desaceleração da atividade econômica no 3T19”. O ´banco segue prevendo alta de 0,8% no PIB deste ano, inferior aos 1,10% de 2017 e de 2018.

Efeito Argentina

A forte derrota, no 1º turno, do presidente Mauricio Macri para a chapa encabeçada pelo ex-chefe de gabinete dos governos Kirchner, Alberto Fernandez, fez a economia argentina virar de ponta cabeça nesta segunda-feira e contaminou o mercado de câmbio brasileiro na abertura dos negócios, quando fucou o teto de R$ 4,00.

Também pudera, embora o 2º turno seja apenas em outubro, o pânico de uma guinada de 180 graus na política econômica da Argentina, que está cumprindo acordo de ajuste fiscal com o Fundo Monetário Internacional fez o índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires abrir em queda acima de 12% e o dólar subir 34% passado de 62 pesos por dólar. O impacto na economia real foi tal que as fábnricas de automóveis da Argentina paralisaram a produção à espera da poeira assentar.

Aqui no Brasil, o Banco Central terá de agir muito para evitar contágio.

Tags:

Banco | economia | pib