ASSINE
search button

Itaú: deflação em junho e queda do IPCA para 3%

CMN decide amanhã meta da inflação de 2022 para 3,5%

Compartilhar

Após o IPCA-15 de 0,06% em junho, divulgado ontem pelo IBGE, o Itaú revisou nesta quarta-feira, 26 de junho, a estimativa para junho do IPCA cheio de 0,00% para -0.01%. A revisão foi baseada em itens cuja metodologia produz resultados iguais no IPCA-15 e o IPCA cheio, como passagens aéreas, taxas de manutenção e aluguel residencial, que ficou um pouco abaixo do modelo do departamento econômico do banco.

Com a mudança, o Banco prevê que o IPCA em 12 meses vai despencar dos atuais 4,66% para 3,3%, com a troca do índice de 1,26% de junho de 2018, provocado pela greve dos caminhoneiros. O Itaú está prevendo IPCA de 0,23% em julho e 0,06% em agosto. Como as taxas foram, respectivamente, de 0,33% e -0,09%, a taxa vai ficar estacionada entre 3,1% e 3,2% até a reunião do Copom em setembro (dias 18 e 19). Para o ano, o Itaú mantém a projeção de IPCA de 3,60%, que se repetiria em 2020.

A curto prazo, se o Copom não antecipar para a reunião de julho (30 e 31) a queda da Selic, que está em 6,50% ao ano, o Banco Central vai provocar forte alta dos juros reais até setembro.

Um remédio mortal para a economia em processo recessivo e com desemprego alto.

CMN: Itaú vê meta de inflação em 3,50% para 2022

Após ressaltar que a “economia brasileira continua a enfrentar um grande diferencial do produto”, o Departamento Econômico do Itaú, maior banco privado brasileiro acredita que “este fator, junto com a inércia favorável e as expectativas de inflação ancoradas, deve manter a inflação sob controle.

Por isso prevê que o Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reúne nesta quinta-feira, 27 de junho para decidir o destino de inflação para 2022 defina a meta de 3,50% como o alvo a ser perseguido pela política monetária, “seguindo o caminho descendente já divulgado de 0,25 p.p. por ano, de 4,25% este ano para 3,75% em 2021”.