ASSINE
search button

Rio em Concertos

Divulgação -
Orquestra Johan Sebastian Rio
Compartilhar

Ótimos concertos amanhã e no fim de semana! Ainda bem, pois razões não faltam para os cariocas estarem abatidos, o governador preso, prefeito desaparecido, a cidade entregue às baratas. Mas a música continua. Merecem os nossos aplausos, de pé, os curadores, diretores, músicos e todos envolvidos em realizar tantos espetáculos, como foi a magnífica programação do ano inteiro, sobretudo a do Theatro Municipal, que sob a direção de Fernando Bicudo voltou a fazer bonito.

Na Casa Firjan, amanhã, às 19:30, a Orquestra de Câmara Johann Sebastian Rio encerra o ano musical do novo espaço de concertos em Botafogo. Sob a liderança de Felipe Prazeres, vai tocar o “Concerto para dois violinos, em Ré menor”, Bach; “Concerto Grosso Op. 6, nº 8, para uma Noite de Natal”, Corelli; “Concerto para duas violas, em Sol Maior”, Telemann e o “Concerto Grosso nº 11, em Ré menor”, Vivaldi.

“Com esse concerto voltamos às origens do grupo”, relembra Prazeres. "A Johann surgiu em 2014, uma iniciativa minha ao lado de Ivan Zandonade e Eduardo Pereira, para trazer de novo o repertório barroco ao Rio de Janeiro, essa música riquíssima e transformadora da estética do Ocidente."

Macaque in the trees
Orquestra Johan Sebastian Rio (Foto: Divulgação)

Na sexta-feira, às 20h, na Sala Cecília Meireles, é a vez da Orquestra Sinfônica Cesgranrio, sob a regência de Éder Paolozzi, com Liana Vasconcelos (bailarina), Fernando Portari (tenor) e Carla Rizzi (mezzo-soprano). No programa, compositores românticos com peças que incluem melodias adoradas por nove entre dez pessoas: “Sinfonia No. 9, Novo Mundo”, Dvoák; “Nessun Dorma”, Puccini; “Carmen”, Bizet; e “Suite Quebra Nozes”, Tchaikovsky.

Macaque in the trees
Arnaldo Cohen (Foto: Reprodução)

No sábado, às 19:30, no Theatro Municipal, o pianista Arnaldo Cohen se apresenta com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais sob a regência de Fabio Mechetti. Para celebrar seus 70 anos, Cohen, um dos maiores pianistas brasileiros, executará o Concerto No.3, em Dó menor, Beethoven. O programa inclui também Fausto: Música de Balett, Gounod e a peça Quadros de uma Exposição, Mussorgsky, com orquestração de Francisco Mignone (esta peça foi composta originalmente para piano e orquestrada em 1922 por Ravel).

No Theatro Municipal, também, no domingo, às 11 horas, uma obra-prima da música clássica, “A Criação”, de Haydn. O oratório, que conta a história da criação do mundo, será interpretado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ e do Coro Brasil Ensemble, sob a regência de André Cardoso, mais os solistas Michele Menezes (soprano), Licio Bruno (barítono) e Anibal Mancini (tenor).

Eu acho que quando estamos deprimidos, se formos capazes de colocar um CD, ligar o rádio, fazer algum movimento para ouvir música, a depressão é então vencida. É claro que em caso de depressão profunda fica impossível até escolher uma música. Mas a depressão por temos uma cidade destruída por maus governos tem solução. Os governos passam. Nós sempre teremos música! E temos ótimos concertos acontecendo quase diariamente! Nós sempre teremos o Rio!

Reprodução - Arnaldo Cohen