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Gentileza gera gentileza e as empresas sabem disso

Divulgação -
O publicitário Fernando Oliveira aposta no marketing de causa
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Fazer o bem, que mal tem? Autor do projeto Gentilezinha, o publicitário Fernando Oliveira, sócio da agência Trinity, é conhecido por criar ações ligadas à responsabilidade social. Ainda pouco praticado no Brasil, segundo Fernando, o chamado 'marketing de causa' pode ser considerado o segundo maior ativo de uma empresa, ficando atrás apenas da inovação.

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O publicitário Fernando Oliveira aposta no marketing de causa (Foto: Divulgação)

 

Como surgiu a ideia de criar uma agência especializada em causa?

Nasceu de uma observação de mercado natural do profissional de marketing. Detectamos que é cada vez mais clara a importância do envolvimento das marcas em causas pertinentes à sociedade. Esse tipo de engajamento das organizações é levado cada vez mais em conta pelo consumidor na hora de fazer sua decisão. Trabalhamos para comunicar justamente esse atributo ao público dos nossos clientes. Hoje acreditamos que Responsabilidade Social seja talvez o segundo maior ativo de uma empresa, ficando atrás apenas da inovação.

Qual a diferença do marketing social para o marketing de causa?

Marketing Social é quando se age institucionalmente tendo como objetivo principal mitigar ou eliminar os problemas sociais. Marketing de Causa é baseado em um aspecto social, que deverá ser usado como base para uma comunicação com os seus consumidores. As empresas já notaram que a sociedade hoje exige contrapartidas sociais dela, por isso campanhas de marketing de causa já nascem assinadas institucionalmente, e preferencialmente sempre norteadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Quais são os ganhos para as marcas que a adotam?

São rapidamente e socialmente reconhecidas como empresas 'do bem', e, citando Kotler, “uma empresa mais humanizada, os consumidores são capazes de desenvolver um vínculo forte e singular, que transcende as transações normais de mercado”. Nessa linha, o marketing de causa traz diversas vantagens para todos os envolvidos, gerando um ciclo de ganhos. Um belo exemplo é a campanha que originou o termo Marketing de Causa em 1983, quando a American Express buscou auxiliar a reforma da Estátua da Liberdade nos EUA, revertendo U$ 0,01 (cent) de cada transação realizada para a reforma, além de reverter para a mesma causa U$ 1 (dólar) para cada novo cartão emitido. Os Resultados? 1,7 milhões de dólares foram revertidos em apenas 4 meses de campanha, as transações aumentaram em 28% e o número de emissões de novos cartões aumentou em 45%.

Temos também o case Tom Shoes, onde para cada par de calçados vendido, a empresa doa um outro para uma pessoa necessitada. Simples assim.

No Brasil as marcas costumam procurar mais ou ainda é preciso que a agência corra atrás?

Ainda temos de clarificar o conceito para grandes empresas, mas a procura vem aumentado notadamente.

Você é o criador e executor do Projeto Gentilezinha. Como surgiu essa ideia e quais resultados já foram obtidos?

Sim, em conjunto com Adriana Zabeo e com ilustrações de Lucas Naylor, criamos um projeto transformador focado em educar crianças e transmitir valores como cidadania e educação para as futuras gerações. Até agora já são mais de 15.000 jovens impactados, 10.000 cartilhas para colorir distribuídas e mais de 50 escolas da Rede Municipal de ensino atendidas em apenas dois anos do projeto. Por fim, a boa notícia é que o projeto segue ainda maior em 2019, com renovação de atuais patrocinadores e novos entrantes.

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Leite de Magnésia de Phillips ganha ilustração exclusiva

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(Foto: )

Ilustrações do artista Felipe Guga estampam nova campanha do Leite de Magnésia de Phillips, da Aspen Pharma. As peças, criadas pela VX Comunicação poderão ser vistas em mídia impressa, redes sociais e algumas ações exclusivas da marca.

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ESPM-Rio cria ESPM Observatório do Carnaval

A ESPM-Rio, escola de negócios referência na área de Economia Criativa, lança no final do mês o ESPM Observatório do Carnaval, banco de dados com informações, fotos e estudos sobre o Carnaval do Rio de Janeiro, um dos maiores eventos do país, responsável pela geração de cerca de 23 000 empregos temporários e por uma renda de 7 bilhões de reais.

O acervo conta com estudos -- que incluem uma série de pesquisas realizadas pela ESPM-Rio para a Riotur no período entre 2010 e 2018 -- entrevistas com sambistas e empresários do setor, depoimentos de especialistas, e um ranking das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, coordenado pela pesquisadora do mestrado de Economia Criativa da ESPM-Rio, Veranise Dubeux. A análise revelou que, no quesito samba-enredo, a Mangueira fica em primeiro lugar em número de pontos conquistados nas apurações, seguida da Portela e do Salgueiro. A estudo foi realizado com base nas notas dos quesitos entre os anos de 2010 a 2019, fornecidas pela LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro). As três escolas estão entre as mais tradicionais.

Outras análises feitas por especialistas, com base no acervo de dados, e tendências desse mercado poderão ser acessadas no ESPM Observatório do Carnaval. Segundo Marcelo Guedes, pesquisador da ESPM-Rio que estuda o Carnaval desde 1984, uma das principais tendências é que ocorra uma mudança nos enredos das escolas de samba do Rio em 2020. “O enredo deste ano da Mangueira, Histórias pra Ninar Gente Grande, elaborado de forma estruturada, baseada em livros e relatos de historiadores, abre caminho para que as escolas de samba desempenhem cada vez mais o papel de críticos sociais”, diz Guedes.

O ESPM Observatório do Carnaval é o primeiro de uma série de projetos dedicados à economia criativa do Rio de Janeiro que serão lançados pela ESPM-Rio ao longo de 2019. O site do projeto é o https://observatoriodocarnaval.espm.br/

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