A profissão de advogado é uma das mais tradicionais no mercado de trabalho. Para atender demandas nos variados campos legais, muitas vezes é preciso fazer uma ação de marketing para aproximar o escritório do cliente. Assim como qualquer outro negócio, o Marketing Jurídico é uma ferramenta que, se bem usada, potencializa a conquista de novos clientes. Michele Vercosa, diretora de marketing do Tauil & Chequer Advogados, explica que existem entraves legais para o trabalho: “O capítulo sobre Comunicação e Publicidade é ainda um assunto polêmico”.
Por que o Marketing Jurídico é importante?
Porque é um dos canais pelo qual o mercado fica sabendo que existe alguém capaz de guiá-lo pelas mais diversas (e adversas!) situações. É importante contar ao mercado sobre habilidades técnicas que poderão solucionar incertezas e problemas pelos quais as empresas ou pessoas físicas passam. Tive um chefe que me perguntou uma vez: “O que os nossos clientes estão comprando?”, e eu achava que a resposta era fácil e respondi: “Nossa capacidade técnica de resolver problemas, ora!”, ao que ele respondeu com uma placidez notável: “Não, Michele, eles estão comprando uma ótima noite de sono...”.
Existe alguma limitação legal?
Sim, no Brasil, o Código de Ética da OAB norteia o Marketing Jurídico – e, para muitos, o código já está ultrapassado, pois não previu o mundo com a comunicação hiperconectada em que vivemos, onde inteligência artificial, big data, privacidade de dados e internet das coisas já são indissociáveis da comunicação e marketing. Se a OAB irá atualizar o capítulo sobre Comunicação e Publicidade é ainda um assunto polêmico – há correntes que dizem que sim, e há correntes que são favoráveis à manutenção da tradição. Mas o fato é que o Marketing Jurídico caminha de mãos dadas com toda a inovação disponível e aguarda o desenrolar dessa discussão.
Como fazer um Marketing Jurídico assertivo?
Antes de qualquer coisa, é importante entender qual a posição que o escritório ocupa no mercado, qual é o seu target de clientes e aí entender se essa relação é real e possível, ou se é algo ficcional. Caso seja ficcional, é importante estudar esse cliente que se deseja ter – do que ele precisa? Qual o seu padrão de consumo de serviços jurídicos? Eu posso fornecer esse tipo de serviço que este cliente precisa com excelência? – e aí tentar desenvolver no escritório as habilidades necessárias para alcançar essa meta. É importante organizar esse processo e mensurar a evolução do trabalho – estabelecendo pequenas e grandes metas em curto, médio e longo prazo.
E qual a melhor estratégia para o meio digital?
Contando aquilo que o cliente precisa saber – com objetividade! O consumidor de informação não tem mais tempo para ler longas minutas de conteúdo (por muitas vezes útil!) – hoje, por exemplo, eu absorvo as principais notícias de NY Times, Washington Post, The Economist, BBC e CNN pelo feed do Instagram (posts e stories) em 20 minutos, logo que acordo. Hoje, eu apresento conteúdo do mesmo jeito que eu gosto de consumi-lo, com objetividade e eficiência.
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App da Agence Rio cresce 35%
A agência de publicidade Agence Rio veio na contramão do mercado e começou o ano com crescimento e novos clientes. Entraram para o portfólio da empresa as marcas Moura Brasil Oftalmo e a rede Toulon. Vale lembrar que essa agência tem entre seus cases o aplicativo Perdi, mas achei!, que conecta quem acha e perde objetos. Em tempos de férias, o software está bombando. O número de downloads nos últimos 30 dias registrou um crescimento de 35%.
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Hotel Yoo2 tem nova Ascom
A Index é a nova agência de estratégia de comunicação e PR do Yoo2 Rio de Janeiro by Intercity. A conta faz parte do núcleo de Lifestyle, que fica sob a direção de Silvia Vidigal Ramos e a gestão de Manuela Wis.