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Um secretário enrolado

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Tem gente no TCE aguando para ver se o Diário Oficial confirma mesmo hoje a indicação do engenheiro Horácio Guimaraes Delgado Junior como novo secretário estadual de Infraestrutura. É que para um governo que se inicia com um discurso de retidão, Horácio começa o ano ainda devendo explicações ao órgão de controle. Em 3 de fevereiro de 2015, quando ele ocupava a direção-executiva do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa, o tribunal constatou diferenças entre a versão encaminhada ao plenário e a apresentada aos licitantes interessados em um processo de contratação de uma empresa de coleta de resíduos sólidos. Uma das discrepâncias foi no custo estimado da contratação que, ao TCE foi informado valor de R$ 23.461.802,17 e, para as empresas, o montante de R$ 29.164.880,25. O tribunal decidiu que Horácio deveria informar em 60 dias, sob pena de multa, as medidas adotadas para corrigir as irregularidades, mas ele recorreu da decisão. Para variar, o processo se estendeu. E no último dia 11 de outubro, o relator Rodrigo do Melo Nascimento decidiu que ele deverá prestar explicações e ainda multou-o em três mil UFIR. Aparentemente, nada indica que Horácio seja um ficha-suja. Mas seria bom esclarecer logo esse imbroglio. A população agradece.

Vesti azul

Pelo que se viu ontem entre os eleitos, as gravatas vermelhas estão definitivamente aposentadas do novo figurino da corte em Brasília. Todos os eleitos usavam modelos em diferentes tons de azul. A do presidente estava desalinhada. Naturalmente para a direita.

Cá como lá

Assim no Rio como em Brasília, a esquerda boicotou a posse ontem na Assembléia do governador W2. PSOL, PSB, PC do B não mandaram representantes. Do PT só o presidente da Casa, André Ceciliano.

Terra de Marlboro

Polêmica à vista. Tramita na Câmara do Rio projeto de lei de autoria do vereador Júnior da Lucinha que, se aprovado, determina o fechamento das escolas municipais e a suspensão das aulas, em caso de tiroteios.

Nova postura

O deputado Rodrigo Amorim, da ala heavy metal do PSL, demonstrava uma nova postura do partido na disputa pela sucessão na Assembléia. “Percebo um desejo da bancada muito mais destinado a discutir pautas do que apenas nomes”, diz Amorim.

Ideologia é isso aí

Antes que alguém pense que isso pode significar uma aproximação com a candidatura de André Ceciliano, Rodrigo é taxativo. “A gente tem uma missão ideológica. Não é nada pessoal. Mas não há hipótese de votar no PT”.

Down no high

No réveillon do Copa não se falava em outra coisa. Conhecida juíza do Rio, afastada das funções sob suspeita de vender sentenças, organizou para o filho gay um casamento de arromba com uma jovem horizontalmente acessível em Miami. Não se trata de uma história de amor, mas só uma clássica jogada para que o rapaz garanta seu green card.

Cidade imunda

É um retrato do descaso dos cariocas com o Rio. Os bravos garis da Comlurb recolheram 400 toneladas de lixo só da praia de Copacabana ontem de madrugada, Não há logística no mundo capaz de pôr ordem numa lambança dessas se a população não fizer sua parte.

LANCE LIVRE

“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano/Vive uma louca chamada Esperança/E ela pensa que quando todas as sirenas/Todas as buzinas/Todos os reco-recos tocarem/Atira-se/E _ ó delicioso voo!/Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,/Outra vez criança.../E em torno dela indagará o povo: “Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?”/E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)/ Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA. (De Mário Quintana)”