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A estação esquecida

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Parada há três anos e meio, a obra da estação do Metrô da Gávea voltou às páginas dos jornais em um momento oportuno da campanha eleitoral. Nos últimos anos, governantes do Rio correram para anunciar grandes feitos como a chegada do Metrô a bairros cada vez mais distantes do Centro. Só que, na correria para trombetear resultados, deixaram rabos para trás. Um deles é a estação Morro de São João, a estação esquecida. Ela foi escavada nos anos 90, durante a expansão da linha até Copacabana. Hoje é possível vê-la rapidamente, olhando para a direita no caminho entre as estações Botafogo e Cardeal Arcoverde. Para concluir a estação falta construir uma plataforma e fazer o acabamento e os últimos acessos _ um dos únicos construídos é a conhecida passagem subterrânea do Shopping Rio Sul. Mas, na época, a meta marqueteira era levar o Metrô até Copacabana, e como o dinheiro encurtou, a estação ficou pelo caminho. Segundo cálculos da Associação de Moradores de Botafogo, ela atenderia 50 mil moradores por dia. Chegou-se a tentar uma PPP com o Rio Sul que arcaria com parte da obra, mas os custos impediram o projeto. Fica a dica para Eduardo Paes e Wilson Witzel: antes de novas propostas rocambolescas, não custa nada terminar o inacabado. A população agradece.

Patrulha é isso aí

João Pedro Stédile apanhou mais que boi ladrão, ontem após a badalada estréia de sua conta no Twitter. “Não estou ‘ocupando’ o Twitter”, desabafou. “Aqui é lugar para debates e ideias, logo é produtivo. Espero podermos produzir reflexões, assim como nossos assentamentos produzem alimentos!”

#ficaadica

A Boitempo liberou a versão digital do livro “O Ódio como Política” que traz uma coletânea de artigos sobre a ascensão da extrema-direita no mundo e análises sobre a propagação do discurso de ódio no Brasil. O livro pode ser baixado no blog da editora.

Arrumando a casa

Ex-candidato do PDT ao governo, o deputado Pedro Fernandes embarca semana que vem para os EUA. Vai cuidar da empresa de consultoria que tem por lá e que está abrindo filial em Portugal. É que com a candidatura ao governo, o banco o considerou “pessoa politicamente exposta” e bloqueou a conta da firma. “Agora que fiquei sem salário de deputado, tenho que voltar a trabalhar”, brinca. Perguntado se a performance eleitoral deste ano o credenciaria para uma disputa à Prefeitura em 2020, ele despista: “vamos ver, vamos ver”.

Coisas nossas

Criado em 1993 para atender os alunos cegos do Fundão, e hoje com mais de 80 mil usuários em todo a América Latina, o software Dosvox está ganhando upgrade. Amanhã, técnicos do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ, apresentarão duas novidades: programas de escrita e leitura em Matemática e Física e de produção de gráficos científicos. “Os demais sistemas no mercado são apenas leitores de tela. O Dosvox é um sistema único do ponto de vista operacional, pois tem programas específicos que são utilizados através do som”, explica o pesquisador Luiz Benedito de Souza.

Sinal dos tempos

Deu no português Diário de Notícias: surgiu um novo movimento, a partir de nova leitura de uma frase clássica que o cinema consagrou, e que não existe na literatura de um certo personagem criado por Edgar Rice Burroughs. Agora é “Me Tarzan, Jane too”. Sinal dos tempos.

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LANCE LIVRE

O espetáculo “Urbana”, de Glaucy Fragoso com coordenação geral de Julio Adrião, cumpre temporada no Parque Madureira, na Arena Carioca Fernando Torres, a partir deste sábado. A Caixa Cultural recebe até o dia 21 de outubro, a mostra Poéticas do Fantástico, que exibirá 14 filmes inspirados em obras clássicas da literatura, como A Queda da Casa de Usher, de Edgar Allan Poe.