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A última do Raposo

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Está ficando famoso o coordenador regional do ICMBio no Rio, Ricardo Raposo. Mas não pelas razões corretas. Depois de empilhar inquéritos civis e criminais, centenas de processos parados, inclusive de multas ambientais, ele se vê em nova confusão. Os servidores o acusam agora de fazer gestões a favor de um posto de gasolina, o Posto Garrafão, que fica dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. É uma história longa, que remonta a 2008 quando o plano de manejo do parque determinou o encerramento daquela atividade, por (óbvio) ser incompatível com uma reserva. Dez anos depois de esgrima na Justiça, quando finalmente os proprietários perderam todos os recursos, Raposo evocou o processo para si e concedeu uma nova licença de funcionamento válida por 90 dias. Não satisfeito, partiu para conseguir uma autorização de funcionamento da Prefeitura de Guapimirim. Ontem ele esteve, junto com os donos do posto, em uma reunião a portas fechadas com o secretário do Meio Ambiente daquele município, Pierre Dutra. Nada ainda foi decidido. Mas para os servidores, Raposo parece querer adicionar mais um processo para a sua já longa lista: o de praticar advocacia administrativa.

Há chances
Um renomado instituto de pesquisa mirou no que viu e acertou no que não viu. No fim de semana passado, ouviu seis mil pessoas no estado para tentar levantar quais os proporcionais serão os mais votados nessas eleições. O resultado, impressionante, é que faltando uma semana para a eleição 70% dos entrevistados não sabia em quem votar para deputado.

Vaquinha
O Instituto Lula promoverá entre os dias 11 e 19 de outubro, o Leilão Artistas Plásticos pela democracia. Entre as obras de 50 famosos, destaca-se uma peça doada por Ricardo Otake, filho de Tomie Otake.

Sonhar não custa
A galera que sonha com uma uma vitória de Bolsonaro no primeiro turno, organiza uma concentração para amanhã, após as eleições, em frente ao condomínio Vivendas, onde mora o candidato, na Barra. O evento, denominado de “Todos com Bolsonaro na apuração “, terá telão e som.

Com que roupa?
Parece Copa do Mundo. Camelôs por todos os cantos da cidade com camisetas verde e amarelas, estampadas com Bolsonaro estão vendendo modelos a partir de R$ 40. Já as camisetas #elenão ou “só voto em quem me respeita”, estão um pouco mais caras: R$ 50.

Fake news
Não, não é o Pedro Paulo, muito menos o Junior da Lucinha, o sujeito que estrela em um vídeo que fez a delícia dos maledicentes de plantão essa semana. Nele, um sujeito com adesivo do (P) MDB se mete numa confusão e cataplaft!, leva um tapa daqueles estalados bem no meio do quengo.

O PT vai tucanar
Para o presidente do DM do PT, Bob Calazans, dificilmente o partido optará entre Eduardo Paes e Romário no segundo turno. “Alguns petistas que estiveram no governo do Eduardo até podem vir a manifestar apoio”, diz Bob. “Mas acho que nem o Eduardo vai querer se posicionar muito no segundo turno”.

Voz rouca das ruas
Ouvido numa mesa da Praça São Salvador: “bom, pelo menos a gente já sabe quem teria dedado a gente pro Doi-Codi na Ditadura”.

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LANCE LIVRE

“Nossos inimigos dizem: A luta terminou/Mas nós dizemos: ela começou/Nossos inimigos dizem: A verdade está liquidada/Mas nós dizemos: Nós a sabemos ainda/Nossos inimigos dizem: Mesmo que ainda se conheça a verdade/Ela não pode mais ser divulgada/Mas nós a divulgamos/É a véspera da batalha/É a preparação de nossos quadros/É o estudo do plano de luta/É o dia antes da queda/De nossos inimigos” - Bertolt Brecht (1898-1956)