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Elegante, discreto, Pierre Cardin sempre foi um exemplo de profissional múltiplo

JB -
Iesa Rodrigues
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Um grande inovador da moda, Pierre Cardin faleceu hoje, terça-feira (29), aos 98 anos. A partir dos anos 1960 o italiano naturalizado francês não parou de surpreender com suas propostas: roupas geometrizadas, curtas, femininas, macacões masculinos, coleções consideradas futuristas na época. Mas não foi apenas na própria moda que se destacou: investiu na cultura, abrindo o Espace Cardin nos Champs Elysées, onde se apresentavam espetáculos de dança e teatro, e onde desfilava suas coleções nas semanas de moda parisienses.

Macaque in the trees
. (Foto: Foto: reprodução do livro Pierre Cardin Past Present Future)

Comprou o restaurante Maxim´s, um dos ícones da gastronomia e do estilo de vida francês. Nos anos 1980 abriu a licença da marca, invadiu o mundo com produtos de todos os tipos. Um dos países onde mais vendia era o Brasil - tanto que, preocupado com o que podia acontecer com seu nome, veio pessoalmente conferir os ítens, que iam de jeans a lençóis. "Temia que fizessem penicos com minha assinatura", comentou bem humorado, durante entrevista à revista Domingo do JORNAL DO BRASIL.

Macaque in the trees
. (Foto: Foto: reprodução do livro Pierre Cardin Past Present Future)

Além da moda, desempenhou papel de personagem no filme Joana, a francesa, dirigido por Cacá Diegues, ao lado de uma de suas paixões, a atriz Jeanne Moureau.

Mas um de seus feitos mais importantes foi o fato de ultrapassar as fronteiras francesas e produzir desfiles espetaculares em países como a China e a Rússia.

Elegante, discreto, Pierre Cardin sempre foi um exemplo de profissional múltiplo, que cultivava a cultura e a beleza inovadora.

Foto: reprodução do livro Pierre Cardin Past Present Future - .
Foto: reprodução do livro Pierre Cardin Past Present Future - .